MPPR pretende contestar estratégia usada pela defesa de policiais militares absolvidos de acusação

Foto: repórter Narley Resende / BandNews Curitiba

 

O Ministério Público do Paraná pretende contestar práticas utilizadas pela defesa dos policiais militares que foram absolvidos ontem (segunda, 9), no Tribunal do Júri de Curitiba, da acusação de executar suspeitos, em um caso de 2009. A promotoria responsável pela acusação considera que a decisão dos jurados foi “emocional” e influenciada pela estratégia dos advogados de apontar que os mortos eram criminosos ligados a facções. Entre os sete jurados, quatro votaram pela absolvição dos 13 policiais e três votaram pela condenação. O julgamento é o maior já realizado no Paraná em um Tribunal do Júri. O Ministério Público acusa dos PMs de executar cinco suspeitos em um terreno no Atuba depois de uma perseguição no Alto da Glória.

Para sensibilizar os julgadores, policiais fardados acompanharam os seis dias de julgamento, junto com apoiadores com camisetas de apoio à Polícia Militar. Uma campanha foi lançada na internet, com vídeos e celebridades, como os lutadores Anderson Silva e Wanderlei Silva, além de fogos de artifício lançados, entre outras ações. A promotora Ticiane Pereira afirma que respeita a decisão dos jurados, mas contesta a estratégia da defesa.

De acordo com a promotora do Tribunal do Júri, a decisão dos jurados é contrária às provas apresentadas pelo Ministério Público.

Para a promotora, as situações de insegurança social do dia a dia criaram convicções que comprometem a avaliação sóbria de situações que envolvam a segurança pública e outras crenças populares.

Entre as provas mais contundentes apresentadas pela promotoria estavam localizadores em viaturas, que mostram o deslocamento dos policiais após a perseguição, e antes de levar eles para o hospital, para um terreno no bairro Atuba. Imagens de câmeras também mostram um dos suspeitos ainda vivo, entrando em uma viatura após a perseguição.

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