Nestor Cerveró deixa a prisão para cumprir prisão domiciliar

Foto: repórter Lenise Klense - BandNews Curitiba
Foto: repórter Lenise Klense – BandNews Curitiba

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, réu condenado em ações penais da Lava Jato, começa a cumprir pena hoje (sexta, 24) em prisão domiciliar. Depois de um ano e cinco meses preso, (desde 14 de janeiro de 2015) ele deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba e embarcou em um voo comercial que deixou a capital paranaense em direção ao Rio de Janeiro pouco antes das 11h. O ex-dirigente da Petrobras foi beneficiado por um acordo de delação premiada homologado no final do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Cerveró seguiu escoltado por policiais federais durante o voo e até a casa dele, em Itaipava, na região Serrana do Rio de Janeiro, onde permanecerá monitorado por tornozeleira eletrônica. O ex-diretor foi conduzido pela pista do Aeroporto Internacional Afonso Pena para evitar contato com outros passageiros e a imprensa. Ao assumir envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, Cerveró se comprometeu a devolver aos cofres públicos cerca de R$ 18 milhões. O advogado Igor Rayzel diz que agora o ex-diretor passa a cumprir a segunda etapa da pena, que ainda mantém restrições, apesar da prisão domiciliar.

O advogado diz que o tempo, o andamento do processo e a família foram fatores que influenciaram a decisão de Cerveró de firmar o acordo de delação premiada.

A delação de Cerveró foi fechada pouco depois de descoberta uma tentativa de evitar que ele colaborasse com as investigações. As negociações para barrar a colaboração envolveram o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), o então advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, e o chefe de gabinete do ex-senador, Diogo Ferreira, flagrados em uma conversa gravada pelo filho do ex-diretor, Bernardo Cerveró. Os três e o banqueiro André Esteves foram presos algumas semanas depois, em 25 de novembro.

O escritório Beno Brandão Advogados Associados, de Curitiba, que já acompanhava Cerveró, assumiu a titularidade da defesa e fechou a delação premiada. Pelo acordo, Cerveró poderá ser condenado a uma pena máxima de 25 anos de reclusão. Os processos contra ele no âmbito da Lava Jato devem ser suspensos depois de atingido esse limite. Cerveró ficará três anos e meio em prisão domiciliar. O primeiro ano e meio, em regime fechado, sem receber visitas, exceto de advogados, profissionais de saúde, familiares e amigos previamente listados. No ano seguinte, o regime será semiaberto diferenciado, com permissão para que ele saia das 10h às 20h para trabalhar.

No último ano de prisão domiciliar, o regime ainda é semiaberto, com recolhimento das 22h às 6h. Nos primeiros seis meses da prisão domiciliar, Cerveró terá que cumprir 8 horas semanais de serviços comunitários. Quando já estiver sem tornozeleira, terá que cumprir mais 6 meses de trabalho comunitário.

 

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