Operação Lama Asfáltica identifica prejuízo que chega a R$ 150 milhões nos cofres públicos do Mato Grosso do Sul
Duas pessoas foram presas e o ex-governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, do PMDB, foi conduzido coercitivamente, hoje (quinta) durante a quarta fase da Operação Lama Asfáltica. A fase, chamada de “máquina de lama”, investiga um esquema de corrupção e desvio de dinheiro público que envolve também investigados no Paraná e São Paulo. Um suspeito de Campo Grande, alvo de mandado de prisão preventiva está foragido. Policiais federais também cumpriram hoje (quinta) nove mandados de condução coercitiva, e 32 mandados de busca e apreensão.
A Polícia Federal também bloqueou valores em contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. A PF não informou quem são os investigados no Paraná envolvidos na operação. A investigação tem como alvo organização criminosa que desviou recursos públicos do Mato Grosso do Sul por meio de fraudes de licitações, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia de produtos e corrupção de agentes públicos. Segundo a PF, o prejuízo aos cofres públicos do Mato Grosso do Sul pode ter chegado a R$ 150 milhões. Cerca de 270 policiais, servidores da Controladoria Geral da União e da Receita Federal participam da operação.
Na primeira fase da operação, em julho de 2015, a Polícia Federal identificou doações irregulares para campanhas eleitorais do PMDB. O grupo criminoso atuava na pavimentação de rodovias, construção de vias públicas, coleta de lixo e limpeza urbana.
Em maio do ano passado, A PF deflagrou a segunda fase da Lama Asfáltica que investigou contratos que movimentaram mais de 2 bilhões de reais. Os contratos estavam relacionados com obras de pavimentação de rodovias, construção e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica.