Política

Os dois presos na 47ª fase da Operação Lava Jato devem prestar depoimento a partir de segunda-feira

 Os dois presos na 47ª fase da Operação Lava Jato devem prestar depoimento a partir de segunda-feira
Foto: Marcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil

O ex-banqueiro João Augusto Ferreira dos Santos, que teve mandado de prisão temporária decretado na 41.ª fase da operação Lava Jato, entregou-se à Polícia Federal em Curitiba no final da tarde desta sexta-feira (26). O ex-gerente da área internacional da Petrobrás Pedro Augusto Côrtes Bastos, preso preventivamente no Rio de Janeiro também está detido em Curitiba. Os dois devem prestar depoimento aos delegados da Força Tarefa a partir de segunda-feira (29). A nova fase da investigação, chamada de Operação Poço Seco, apura o já conhecido esquema de pagamento de propina na venda de um campo de petróleo na África para a Petrobrás.

Os procuradores do Ministério Público Federal suspeitam do envolvimento da jornalista Claudia Cruz, esposa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, no recebimento de recursos ilegais do contrato, firmado em 2011. A operação foi realizada um dia depois de Cláudia Cruz ser absolvida em um processo que tramitava na Justiça Federal em Curitiba, também em decorrência da Lava Jato. O Ministério Público Federal promete recorrer da decisão do juiz Sérgio Moro. Na nova fase da operação, a Polícia Federal cumpriu um total de 13 mandados judiciais no Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.

Além dos dois de prisão, oito mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva, quando o investigado é levado a depor por força policial. Os dois presos e mais cinco pessoas são suspeitos de terem recebido aproximadamente US$ 5,5 milhões em propinas da empresa responsável pela venda do campo de petróleo em Benin, na África, para a Petrobrás. Segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, pelo menos um terço do contrato estimado em 30 milhões de dólares teria sido destinado ao pagamento da propina.

A investigação foi iniciada em agosto de 2015, a partir da cooperação internacional do MPF com a Justiça da Suíça. Os suspeitos de terem sido beneficiados com as propinas mantinham contas bancárias tanto na Suíça quanto nos Estados Unidos. Os pagamentos teriam sido feitos entre 2011 e 2014 e foram intermediados pelo lobista João Augusto Rezende Henriques, operador do PMDB no esquema da Petrobras. Ele foi preso em setembro de 2015 em outra fase da lava jato e foi condenado a sete anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, por conta dos mesmos fatos, mas em outro processo, o mesmo em que Eduardo Cunha foi condenado. Segundo o Procurador Carlos Fernando Lima, há suspeita de que parte da propina oriunda do contrato tenha abastecido contas da jornalista Claudia Cruz e de Eduardo Cunha.

Álvaro Teixeira e Fernanda Luz, suspeitos de serem operadores do esquema, foram alvos de mandados de condução coercitiva. Fernanda é filha de Jorge Luz, que já foi preso em outra etapa da lava jato. Ela não foi encontrada no cumprimento do mandado, mas deve ser prestar esclarecimentos à Polícia Federal em Curitiba em depoimento marcado para terça-feira (30)***. Carlos Lima, ambos devem fornecer informações importantes para a investigação.

Além de ter expedido os mandados judiciais da nova fase da operação, o juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal, determinou o bloqueio de R$ 50 milhões do ex-gerente da área internacional da Petrobrás Pedro Augusto Côrtes Bastos e do ex-banqueiro João Augusto Ferreira dos Santos.

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