Paulo Okamoto, ex-presidente do Instituto Lula, diz que Lula tinha a intenção de comprar o sítio de Atibaia
Paulo Okamoto foi ouvido como testemunha de defesa em ação penal da Lava Jato em que Lula responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O Ministério Público Federal sustenta que o petista recebeu propina da Odebrecht e da OAS por meio da aquisição e de reformas no Sítio. Segundo a denúncia, as obras no imóvel custaram um milhão de reais. Lula nega as acusações. A defesa do petista afirma que o imóvel tem propriedade comprovada e registrada e que todos os bens de Lula estão declarados à Receita Federal.
Em depoimento, Paulo Okamoto disse ter frequentado festas no sítio a convite do empresário Fernando Bittar, sócio de um dos filhos de Lula, e também a convite da ex-primeira-dama Marisa Letícia.
Perguntado se participou de uma reunião em 2015 em que se discutiu a intenção de Lula em adquirir o sítio de Atibaia, Paulo Okamoto respondeu que o petista pensou em comprar o imóvel para dar de presente à Marisa Letícia.
Outras cinco testemunhas de defesa prestaram depoimento nesta segunda-feira (07). Na quarta (09) serão ouvidos os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP) e José Orcírio Miranda, conhecido como Zeca do PT, além do ex-chefe de gabinete do ex-presidente Lula, Gilberto Carvalho.
Pelo menos 130 pessoas devem ser ouvidas nesta etapa do processo. Entre as testemunhas que devem falar em outras datas, está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-presidente Dilma Rousseff. Ambos foram chamados pela defesa de Lula. Fernando Henrique deve prestar depoimento no dia 28 de maio, por videoconferência de São Paulo, e Dilma Rousseff deve falar no dia 25 de junho, por videoconferência de Porto Alegre.