O policial militar Diogo Costa Coelho foi preso nesse sábado suspeito de ser o responsável pelo desaparecimento de Andrielly Gonçalves Silva, de 22 anos. A garota desapareceu na madrugada do último dia 9. A prisão é temporária, válida por 30 dias. Ele prestou depoimento no começo da tarde de sábado.

Segundo familiares de Andrielly, Diogo Costa Coelho não teria aceitado bem o fim do relacionamento entre eles. Mesmo depois de separado dela ele ainda tinha ciúmes e tentava controlar onde ela ia, com quem falava e, principalmente, se relacionava. Em imagens de câmeras de vigilância, no dia seguinte ao desaparecimento, Diogo apareceu na rua do condomínio onde Andrielly morava, com uma viatura da PM e acompanhado por outro policial.

Os dois foram até uma casa que possui câmeras direcionadas para a rua e questionaram o funcionamento do sistema. De acordo com testemunhas, eles ainda pediram que a moradora entregasse as imagens, que registraram a presença do pm no condomínio. Diogo foi internado para tratamento psiquiátrico um dia após o desaparecimento. Ele estava com arranhões no rosto e no pescoço.

Aos familiares e amigos de Andrielly, ele declarou ter sido ferido durante uma ocorrência policial. No carro dele, foram encontrados vestígios de sangue que foram recolhidos e encaminhados para confronto de DNA. A polícia acredita que o sangue possa ser da estudante. O resultado pode demorar até trinta dias para sair. O policial deve ficar preso em uma unidade da Polícia Militar, conforme é previsto por lei. O processo sobre o caso é de responsabilidade da Polícia Civil, que continua com as investigações.

Por meio de nota a Polícia Militar alega que não compactua com desvios de conduta de seus integrantes. Também na nota a PM alega que se ficar comprovada a responsabilidade, os instrumentos adequados serão adotados, na forma legal, sendo respeitados os direitos ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório.