Por equiparação com professores, educadoras de Araucária entram no segundo dia de greve
Educadoras de Araucária, na grande Curitiba, entraram hoje (18) no segundo dia de greve. De acordo com o sindicato da categoria, pelo menos 75% dos CMEIs – os Centro Municipais de Educação Infantil do Município – são afetados pela paralisação. A principal reivindicação é para que a carreira de educador seja equiparada à de professor.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Servidores Públicos de Araucária, Jocelena Carvalho, há desvio de função das educadoras nos CMEIs.
Ela diz que o pedido da categoria é para que o calendário das unidades seja igual ao das escolas municipais e que as educadoras também tenham direito ao benefício da hora-atividade
De acordo com a diretora, desde o ano passado, a categoria tem feito reuniões com a Secretaria de Educação para tentar negociar melhorias para a carreira das 591 educadoras do município.
No entanto, ela garante que, até agora, não houve avanços
De acordo com o sindicato, um dos CMEIs que aderiram à paralisação no primeiro dia acabou voltando ao trabalho por pressão da comunidade. O secretário de governo de Araucária, Genildo Carvalho, entende que a greve não tem fundamento legal.
Ele afirma que a prefeitura não deve atender à reivindicação das educadoras
Em uma reunião realizada ontem, a prefeitura pediu para que a categoria voltasse ao trabalho. Como não houve acordo, a prefeitura conseguiu na Justiça uma liminar para que pelo menos metade das educadoras voltasse ao trabalho hoje (18).
De acordo com Genildo Carvalho, as educadoras devem ter descontados do salário os dias em que ficarem paralisadas
Araucária tem, hoje, pouco mais de 5 mil crianças matriculadas em 37 Centros Municipais de Educação Infantil. Do total de alunos, 1.740 são atendidas por educadoras.