Prefeitura promete ações para tentar conter agressões contra servidores da saúde
Depois da divulgação de denúncias de violência contra servidores da Saúde em Curitiba, uma série de ações para tentar conter as agressões – especialmente nos postos de saúde – estão sendo elaboradas pela prefeitura. Os casos foram denunciados em audiência pública na Câmara Municipal. Até maio, 24 servidores notificaram agressões físicas sofridas em horário de trabalho. Os dados da prefeitura levam em conta somente os registros feitos em um documento chamado “CAT”, Comunicação de Acidente do Trabalho. Além das agressões físicas, há diversos casos de profissionais que foram xingados e até assediados.
Para o secretário de Defesa Social, Algacir Mikalovski, a sociedade mudou e está mais agressiva. Cabe à Prefeitura garantir preparo profissional para lidar com isso.
Como primeira medida para reagir ao dado alarmante, o secretário determinou a elaboração de uma cartilha com orientações aos servidores. Também foi elaborado um cronograma de reuniões com os vereadores e profissionais para estudar medidas eficazes.
Segundo a Secretaria da Defesa Social, guardas municipais já estão recebendo novo treinamento, especialmente para humanizar os atendimentos e não serem propagadoras da violência. Mikalovski classificou como ‘um absurdo’ a denúncia feita pela vereadora Maria Letícia, do PV, de que um guarda municipal, ao se deparar com um conflito em uma unidade de saúde, teria afirmado que a função dele era de apenas proteger as instalações físicas. A vereadora afirma que as agressões são diversas.
Maria Letícia lembra que estre as funções dos guardas também está a garantia da segurança dos servidores, dos usuários e de qualquer cidadão.
O Secretaria da Defesa Social garante que guardas municipais já estão 24 horas nas Upas e fazem turnos nas unidades básicas de saúde. Ele reforça a orientação de que os guardas deve, sim, preservar pela segurança das pessoas.
Entre as outras medidas adotadas para coibir casos de violência, devem ser recolocadas placas avisando que xingar ou ofender servidores é crime de desacato. Uma das exigências dos servidores é a instalação do botão de pânico em todas as unidades. O sistema já existe nas unidades mais novas. A prefeitura também busca uma aproximação com a Polícia Militar, principalmente nas unidades onde os conflitos são mais intensos.