Professores de universidades estaduais recusam acordo com governo e mantêm greve no Paraná

Foto: reprodução/Guara Notícias
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Os sindicatos de mais duas universidades estaduais decidiram nesta segunda-feira (2) continuar em greve contra as medidas de austeridade do Executivo. São elas a Unicentro, a Universidade do Centro-Oeste, e a UEPG, de Ponta Grossa. Com isso, já são quatro as instituições que optaram por manter a paralisação, uma vez que a Unioeste e a Universidade de Maringá foram as primeiras a definir pela continuidade do movimento. Na Adunicentro, a Associação de Docentes da Unicentro, cerca de 300 dos 800 funcionários da instituição aprovaram a manutenção da greve. Na UEPG, a decisão foi aprovada por unanimidade por aproximadamente 400 servidores. O professor Denny Willian da Silva, da Unicentro, que faz parte do comando da greve, explica que existe uma indignação geral da categoria contra uma série de aspectos, entre eles a proposta de autonomia universitária e o atraso no pagamento das férias.

Na semana passada, após uma reunião do governador Beto Richa (PSDB) com os reitores das instituições, o Executivo se comprometeu a pagar o terço de férias dos servidores até o fim de março e liberou as chamadas verbas de custeio. Os recursos são usados no pagamento de água, luz e a compra de materiais, por exemplo. No entanto, segundo a categoria, há várias despensas pendentes desde o ano passado que ainda complicam a situação das universidades. Também nesse encontro o governador assinou o decreto que deu início à implantação da autonomia universitária e determinou a criação de um grupo de estudos com representantes das Secretarias da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, da Fazenda e das universidades. A decisão foi considerada um avanço pela Apiesp, a Associação Paranaense das Instituições de Ensino Público, já que era um pedido antigo, mas significa um retrocesso para os trabalhadores.

Também depois da reunião entre o governo do estado e os reitores, surgiu a hipótese de que a greve das universidades estaria perto do fim. Mas o comando da paralisação descarta essa possibilidade pelo menos até que o Executivo atenda mais itens da pauta de reivindicações.

Ainda conforme o comando da greve, estão marcadas para esta quarta-feira (4) as assembleias dos servidores da Universidade de Londrina, da Unespar, a Universidade Estadual do Paraná, e da Universidade do Norte. A tendência é de que elas decidam também pela continuidade da greve, que começou durante o feriado de carnaval. A categoria garante, no entanto, que os alunos não devem ser prejudicados, já que no momento em que a paralisação for encerrada, o calendário escolar vai ser redefinido para repor as aulas perdidas. Mesmo assim, não se descarta a possibilidade de que os períodos de férias de trabalhadores e estudantes sejam comprometidos de alguma forma. A reportagem procurou a assessoria de imprensa do governo. A informação repassada é de que as reivindicações apresentadas pelos reitores foram atendidas. Já o projeto de unificação do fundo da Paraná Previdência com o fundo financeiro foi retirado da pauta de votação da Assembleia Legislativa.

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