Secretaria de Saúde confirma segundo caso de febre amarela no Paraná
A secretaria de saúde do Paraná confirmou ontem (08) o segundo caso de febre amarela do ano no estado. Como na primeira ocorrência, a doença foi importada. O caso mais recente envolve uma jovem de 30 anos, de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, que já recebeu atendimento e passa bem.
Em março, ela esteve no município de Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira, em São Paulo. Desde julho, dos 135 casos suspeitos de febre amarela no Paraná, 21 permanecem em investigação. O número de notificações, na atual temporada, é o maior dos últimos dez anos. Em 2008, foram 131 casos suspeitos e quatro confirmados.
Naquele ano, a secretaria somou os dois últimos casos autóctones de febre amarela do Paraná, quando a doença é contraída no próprio estado. Desde julho, mais de trezentas e noventa pessoas morreram vítima de febre amarela no país; foram confirmados pelo menos mil e duzentos casos. Aqui no Paraná, a primeira ocorrência confirmada, em 2018, foi de uma mulher de Curitiba, que visitou a cidade de Mairiporã, na Grande São Paulo.
Ela se recuperou, mas viajou para o estado vizinho sem se vacinar. A vacina está disponível na rede pública para pessoas a partir dos nove meses até os 59 anos. É necessária apenas uma dose para garantir a imunização pelo resto da vida. Quem for visitar áreas de matas e rios deve procurar a unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem. Esse é o tempo necessário para garantir a imunização contra a febre amarela.
Alguns grupos devem ser vacinados apenas com indicação médica – casos de gestantes, mulheres que amamentam, crianças até nove meses, adultos maiores de 60 anos, pessoas com alergia grave a ovo ou imunodeprimidos. A febre amarela é uma doença infecciosa, causada por vírus, que se manifesta com febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dor no corpo, pele e olhos amarelados. Também é possível haver hemorragia, que pode levar à morte nas formas mais graves. A doença é transmitida pela picada de mosquitos infectados e não existe transmissão de pessoa a pessoa.