Serão bloqueados até R$ 11 milhões de investigados da Lava Jato

 Serão bloqueados até R$ 11 milhões de investigados da Lava Jato

Investigados na 43.ª e 44.ª fases da Lava Jato, realizadas simultaneamente nesta sexta-feira (18), terão juntos até R$ 11 milhões bloqueados de contas bancárias. A medida, determinada pelo juiz Sérgio Moro, envolve empresas e pessoas físicas, entre elas o ex-deputado federal Cândido Vacarezza, ex-líder dos governos Lula e Dilma, que deixou o PT para se filiar ao PT do B.

No caso de Vacarezza, o bloqueio total de sete investigados soma R$ 6 milhões, o que corresponde ao total que teria sido pago em comissões pela empresa norte-americana Sargeant  Marine, contratada para fornecer asfalto para a Petrobras. O outro bloqueio é de R$ 5 milhões e atinge o cônsul honorário da Grécia no Rio, Konstantinos Georgios Kotronakis, mais dois investigados e sete empresas.

O juiz Sérgio Moro confiscou ainda R$ 420 mil de um outro investigado e da empresa dele. Os três presos nas novas etapas da Lava Jato chegaram a Curitiba na tarde desta sexta-feira (18) e estão detidos na Superintendência da Polícia Federal. Vacarrezza foi trazido de São Paulo em voo comercial. O ex-assessor de Marketing da Petrobras Márcio Aché e o operador financeiro Henry Hoyer, desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena vindos do Rio de Janeiro. A etapa da Lava Jato que investiga Vacarezza, batizada de Abate, apura 12 contratos da Sargeant Marine que somam de 180 milhões de dólares.

Os serviços foram prestados entre 2010 e 2013. O ex-deputado também teria agido em nome do PT, direcionando pagamentos tanto para funcionários da estatal como para o partido. Vacarezza é suspeito de ter recebido R$ 400 mil em propina para favorecer a empresa norte-americana. A outra fase da operação, chamada de Sem Fronteiras, apura contratos da Petrobras que teriam favorecido armadores, que são empresas responsáveis pelo afretamento de navios.

A investigação teve início depois da delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. Ele teria fornecido informações privilegiadas ao cônsul da Grécia no Brasil, Konstantinos Kotronakis, para contratação de navios gregos, mediante pagamento de propina. Empresas que pertencem ao cônsul e ao filho dele foram beneficiadas com contratos com a estatal entre 2009 e 2013 que ultrapassaram 500 milhões de dólares.

Cerca de 3% de cada contrato eram destinados ao pagamento de vantagens indevidas a funcionários públicos, operadores financeiros e agentes políticos. Mais três pessoas foram alvo das operações de hoje, mas não foram presas. O ex-gerente da Petrobras Dalmo Monteiro e o empresário Luiz Loureiro Andrade estão no exterior. O mandado contra o também ex-gerente da Petrobras Carlos Barbosa foi revogado pelo juiz federal Sérgio Moro, porque o ex-executivo está hospitalizado.

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