STF decide soltar ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mas ele vai permanecer detido
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, determinou a soltura do ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. No entanto, como ele ainda possui outras ordens de prisão decretadas pela Justiça em ações penais diferentes, Cunha não sairá da cadeia.
O ministro derrubou uma delas, que havia sido decretada pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte, relacionada ao processo em que o deputado cassado é acusado de envolvimento no esquema de corrupção nas obras da Arena das Dunas, para a Copa de 2014. Cunha foi condenado pela Justiça Federal do Paraná e de Brasília, por corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras e a Caixa Econômica Federal. Ele está preso desde 2016 no Complexo Médico Penal, em Pinhais na grande Curitiba.
No processo que apurou irregularidades na estatal petrolífera, Cunha foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão pelo recebimento de propina em contratos da Petrobras em Benin, na África. Na ação relacionada a Caixa Econômica Federal, o ex-parlamentar foi condenado a 24 anos e 10 meses de reclusão. A acusação é de que ele tenha participado de fraudes em empréstimos concedidos pelo banco. Na construção da Arena das Dunas, Cunha também responde pelo recebimento de propina de empresas que participaram das obras para o mundial de 2014 no Brasil.