Tribunal Justiça nega pedido da defesa de Carli Filho para transferir júri popular de Curitiba

 Tribunal Justiça nega pedido da defesa de Carli Filho para transferir júri popular de Curitiba

(Foto: Reprodução)

Os desembargadores da 1º Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negaram, nesta quinta-feira (8), o pedido da defesa do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho para transferir o júri popular de Curitiba para outra comarca.

No pedido, a defesa do ex-parlamentar alegou que a comoção popular em torno do caso e a forte cobertura midiática da imprensa poderiam interferir na decisão do júri. No entanto, por dois votos a um, o TJ entendeu que os argumentos não são válidos e, desta forma, o júri popular fica mantido para os dias 27 e 28 de fevereiro. O ex-deputado é acusado de matar dois rapazes em um acidente de trânsito no dia 7 de maio de 2009, no bairro Mossunguê.

Uma perícia indicou que ele seguia a 167 quilômetros por hora quando atingiu o veículo de Gilmar Rafael Yared, 26 anos, e Murilo de Almeida, 20. Os dois morreram na hora. O assistente de acusação, o advogado Elias Mattar Assad, que representa a família de uma das vítimas, afirma que a decisão tomada pela justiça foi a mais correta, uma vez que, em regra, os julgamentos devem se dar no lugar onde ocorreu o crime.

No dia 31 de janeiro, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Daniel de Avelar, que deve conduzir o julgamento do ex-deputado, já havia se posicionado oficialmente sobre a manutenção do júri popular do réu em Curitiba. Avelar ressaltou que, o próprio Carli Filho, como figura pública, alimentou a cobertura feita pela mídia, já que esta foi uma consequência da sua função e publicidade.

A defesa de Carli Filho deve recorrer da decisão e impetrar um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com os mesmos argumentos já apresentados em primeira instância na tentativa de afastar o júri popular de Curitiba. O julgamento será no auditório do Tribunal do Júri de Curitiba, que tem capacidade para 370 pessoas.

A sessão será aberta ao público, mas as regras para a participação da população ainda foram definidas. Entre 10 e 15 dias úteis antes da primeira sessão do julgamento, o juiz deve sortear os 25 jurados que vão compor o conselho de sentença. Destes, 15 deverão comparecer à primeira sessão do julgamento.

Na sequência, o Ministério Público e a defesa podem excluir três destes jurados sem qualquer justificativa. Após este processo, são escolhidos os sete jurados que participarão do júri e que que vão efetivamente analisar se Carli Filho é culpado pelas mortes. Elias Mattar Assad explica que em caso de absolvição do réu, ainda cabe recurso da decisão por parte da acusação e se Carli Filho for condenado, não necessariamente, ele será preso após a sessão.

A BandNews tenta contato com a defesa de Carli Filho, mas em regra, os advogados do ex-parlamentar não têm se manifestado sobre as decisões da justiça.

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