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5 produções de investigação disponíveis em Streamings

As obras estão disponíveis na Amazon Prime, Star+, Globoplay, Netflix e Hbo Max

 5 produções de investigação disponíveis em Streamings

Foto: Divulgação Amazon Prime

Seja na literatura com Agatha Christie ou no cinema com Alfred Hitchcock as obras de suspense e investigação sempre conseguiram intrigar o público. O suspense ganhou força no cinema com o expressionismo alemão, no início do século XX com filmes como Gabinete do Dr. Caligari (1920). No cinema atual esse gênero é ainda mais abrangente podendo seguir caminhos mais assustadores com o horror e os thrillers ou mais lógico e sério como os filmes investigativos dramáticos.

Os filmes investigativos são instigantes e até mesmo irresistíveis já que conseguem prender a atenção do espectador e ainda necessitarem de uma participação ativa dos mesmos para resolver os crimes e mistérios. Confira a lista de produções investigativas disponíveis em streaming :

Os suspeitos: Disponíveis na Amazon prime, Star+ e Globoplay

Foto: Divulgação Amazon Prime Vídeo

O thriller dirigido por Denis Villeneuve conta a história de Keller Dover (Hugh Jackman) que resolve enfrentar o departamento da polícia e fazer justiça com as próprias mãos após sua filha e uma amiga serem sequestradas. No departamento da polícia as investigações são conduzidas pelo atormentado detetive Loki (Jake Gyllenhaal) que desesperadamente tenta resolver o caso. 

Esse é um dos mais impecáveis filmes de investigação já feitos, já que, ao longo do filme, o espectador vai descobrindo novas informações com os personagens. Além disso, o diretor ainda mantém as investigações de Keller e Loki separadas, assim o que um sabe outro não sabe e vice e versa. O filme ainda tem um ótimo ritmo, conseguindo manter sua tensão do início ao fim.

A fotografia do filme aposta em tons frios e cinzentos e escuros, até remetendo aos sentimentos da família após o desaparecimento das duas meninas. A fotografia ainda se utiliza muito de takes dentro de casas, o que gera uma sensação de claustrofobia. 

A questão psicológica dos personagens também é extremamente abordada no longa, onde diversos dos personagens, principalmente o de Hugh Jackman, por conta do desespero acabam agindo completamente por impulso. Além disso, também são mostradas diferentes reações ao sequestro das meninas, visto que cada um dos personagens teve uma reação, o que dá ao filme um maior realismo. O filme ainda trabalha com uma certa imprevisibilidade, aumentando e diminuindo a lista de suspeitos, que mesmo trazendo surpresas para o longa, ainda permite que o espectador adivinhe o final juntando as peças.

E claro, um dos grandes destaques do filme é seu elenco e as atuações estrondosas. Além de Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal, o longa ainda conta com performances de Paul Dano, Viola Davis, Terrence Howard, Melissa Leo e Maria Bello.

Mais uma vez Hugh Jackman se mostra um grande e completo ator. Seja em musicais, dramas e até em filmes de super heróis, o ator sempre se sobressai e em Os suspeitos não é diferente. Dando vida ao explosivo, emotivo e imprevisível Keller Dover Jackman entrega uma de suas mais impecáveis e impressionantes atuações. Seu personagem é um pai disposto a fazer de tudo para recuperar a filha sendo extremamente aterrorizante e ao mesmo tempo muito aterrorizado. O ator consegue passar para o público o desespero e agonia do personagem.

Já a performance de Gyllenhal, ao contrário da de Jackman, tem as emoções reduzidas, o que funciona muito bem para o longa. O detetive Loki é bastante nervoso, possui um tique no olho, nunca “perdeu” um caso e está determinado a manter essa média. Disposto a fazer o que é certo e bem regrado, o detetive se mantém dentro da lei para resolver o caso, contrariando e dando um ótimo contraste com Keller.

Mesmo com mais de 3 horas de duração, Os suspeitos é um verdadeiro exemplo de um suspense bem feito, conseguindo prender a atenção do início ao fim sem nunca perder a tensão

Amnésia: Disponíveis na Netflix e Amazon Prime

Foto: Divulgação Netflix

O filme acompanha Leonard (Guy Pierce), que está numa caça para encontrar o homem que estuprou e matou sua esposa. Porém durante o crime Leonard tomou um golpe na cabeça o que afetou sua memória, sendo impossibilitado de criar novas memórias. Assim as buscas do protagonista são afetadas por sua perda de memória, constantemente esquecendo fatos recentes, onde estava indo e por qual razão.

A história é baseada no livro Memento Mori escrito por Jonathan Nolan e dirigido por  Christopher Nolan, irmão do autor. Este é o segundo filme do diretor e já contém algumas de suas principais características como a confecção de uma história que necessite da participação ativa do espectador para que seja completamente compreendida. O filme sofreu fortes inspirações do cinema Noir trazendo uma instigante história de investigação.

 Além disso, o longa conta com uma das mais criativas narrativas: ele é contado de trás para frente. Com isso o diretor consegue trazer ao espectador a mesma sensação que o protagonista do filme sente, nos jogando diretamente numa história onde a “resposta” já é entregue no início.

Além disso, o filme é contado em duas linhas narrativas. A linha principal do filme então vai se formando através de flashbacks onde o começo de um é o final do próximo. A partir disso vamos descobrindo não só mais sobre a história mas principalmente sobre o personagem principal e quão frustrante é sua investigação. Devido a todos esses fatores é importante não tirar os olhos da tela já que tudo ali exibido será importante para a resolução.

A segunda linha do tempo, é contada nas cenas em preto e branco seguem uma ordem cronológica onde seguimos um Leonard muito melancólico isolado em um quarto de hotel vidrado em suas investigações anotando suas descobertas em diversos recados em papéis e em tatuagens em seu corpo para não esquecer. Durante esse período, ele fala ao telefone com um interlocutor misterioso. São nesses momentos também que o público passa a saber mais sobre a linha de raciocínio do personagem, dessa forma as ligações funcionam quase que como um Watson para o Sherlock de Leonard. E em certo ponto ambas as narrativas se encontram. 

O filme foca em destacar a importância da memória já que em diversos pontos do filme a investigação do personagem é influenciada por terceiros, assim, além de duas narrativas e além de uma contada ao contrário, ainda temos um narrador não confiável. 

E claro, o filme depende muito da atuação de Guy Pearce. O ator consegue trazer a vida um personagem extremamente traumatizado e machucado, mas muito determinado e persistente.  Através de sua missão de vingar sua mulher o personagem consegue facilmente se conectar com o público, parte disso, claro, também é gerada pela escolha do diretor de contar a história ao contrário.

Amnésia é um dos mais brilhantes filmes de investigação justamente pela forma como é contada, conseguindo surpreender o espectador e provando mais uma vez o talento de Nolan. O longa ainda traz uma história que foca em comprovar a importância da memória e as consequências de um trauma e responsabilidades.

Seven – os sete crimes capitais: Disponível na HboMax

Foto: Divulgação Hbo Max

O longa dirigido por David Fincher (conhecido também por Clube da Luta, Curioso caso de Benjamin Button, Mank e outros) acompanha um policial veterano (interpretado pelo Morgan Freeman) próximo a aposentadoria recebe a notícia que terá um novo parceiro, Mills (Brad Pitt), um policial jovem no começo de sua carreira. Os dois então passam a investigar um caso que está conectado com os sete pecados capitais.

Durante a investigação é bem interessante as tensões e diferenças entre os dois personagens principais. Enquanto o personagem de Morgan Freeman, Somerset é cuidadoso e silencioso e introvertido, o policial Mills é o oposto, sendo afobado e extremamente animado. E claro essa dinâmica funciona muito bem com duas performances incríveis dos dois atores extremamente talentosos e tem seus personagens construídos durante a trama sem pressa de forma com que o telespectador consegue simpatizar e criar uma identificação com eles.

E o assassino em questão tem uma certa similaridade com o próprio assassino do zodíaco (inclusive o filme desse caso seria anos mais tarde dirigido pelo próprio Fincher) deixando mensagens e provocando os policiais.

O filme tem um clima meio pesado, e até meio triste e o diretor sabe explorar muito bem isso com diálogos pesados e uma atmosfera pesada com tons escuros e luzes que não iluminam nada e uma paleta de cores meio amarelada/bege sem uma coloração forte e colorida, e claro uma Los Angeles com um aspecto sujo e chuvosa.

O longa prende a atenção do começo ao fim e é classificado como investigação policial, mas soube bem como fugir do clichê. 

Only Murders in The Building: Disponível no Star+

Foto: Divulgação Star+

A série acompanha a história de três vizinhos do prédio Arcade em Nova-Iorque que, após ocorrer um assassinato no prédio, resolvem investigar o mistério. Os moradores, interpretados por Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez, são inspirados a investigar o crime por um podcast que reconta a história de crimes reais em narrativas envolventes. 

A sinopse da trama por ser muito próxima da realidade gera uma empatia e engajamento dos espectadores quase que instantâneo. Parte disso também é garantido pelos atores principais da série que são extremamente carismáticos e engraçados.

Apesar da narrativa investigativa a atmosfera da série é bem leve e divertida e consegue prender a atenção do começo até o fim com episódios muito criativos e instigantes.

A série até agora conta com apenas uma temporada. Mas a segunda temporada estreará no streaming do Star+ no dia 28 de junho.

Entre facas e segredos: Para alugar na Amazon Prime

Foto: Divulgação Amazon Prime

O filme acompanha um mistério envolvendo a família Thrombey a respeito da morte do patriarca da família, Harlan, interpretado por Christopher Plummer. A trama então segue então o detetive Benoit Blanc (Daniel Craig) tentando descobrir se o suposto suicídio de Harlan foi, na verdade, um homicídio.

O filme se passa quase todo centrado na mansão da família, o que traz certo sentimento de claustrofobia, o que é crucial para o desenvolvimento de tramas de investigação já que são nesses momentos que os personagens são colocados contra a parede. E nesses momentos é onde se abre uma oportunidade dos telespectadores entenderem mais sobre o personagem e mudarem a percepções sobre eles.

 O filme tem um ritmo e trama bem similar e aos mistérios da Rainha do Crime Agatha Christie (e pra quem gostou de assassinato no expresso oriente esse filme tem uma ideia parecida). O próprio personagem do Daniel Craig é de certa forma inspirado no principal detetive de Christie: Hercule Poirot.

De longe uma das coisas que mais chama atenção de cara é o elenco do filme com: Jamie Lee Curtis, Ana de Armas, Chris Evans, Lakeith Stanfield e entre outros. E claro com um elenco como esse cada personagem é único e de certa forma caricato, o que gera cenas muito engraçadas. E o filme deixa bem claro que todos são suspeitos.

A direção de Rian Johnson é impecável e não deixa nenhum pouco a desejar com planos muito bonitos e diferentes, uma fotografia impecável e uma montagem muito inteligente com muito humor e cheia de revelações. 

O filme é extremamente divertido e se aproveita bastante dos clichês e clássicos da investigação, mas de uma maneira satisfatória e até quase em forma de homenagem.

Por Carolina Genez com supervisão de Angela Luvisotto

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