Emancipação política trouxe desenvolvimento econômico ao Paraná
Apesar da tentativa de criação de uma identidade, o estado tem cultura multifacetada
Hoje é dia da emancipação política do Paraná. Ou pelo menos no papel. 29 de agosto de 1953 foi a data em que foi promulgada a lei imperial que criou o estado. A oficialização viria mesmo em 19 de dezembro, com a posse do primeiro governador, o baiano Zacarias de Góes e Vasconcelos. Mas o historiador do Museu Paranaense, Felipe Villas Bôas, reforça que a emancipação não ocorreu de forma pontual, mas é fruto de um processo que envolveu interesses econômicos e políticos.
De acordo com o historiador, a emancipação do estado resultou na criação de novas unidades populacionais, a instituição de regulamentos e a ampliação do pequeno sistema de educação primária. À época também se iniciou o traçado para uma ligação mais sólida entre Curitiba e o litoral, que deu origem à Estrada da Graciosa em 1873.
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Algumas décadas depois da emancipação, em 1920, a busca por criar uma identidade regional, que exaltasse saberes, fazeres e tivesse símbolos de representação deu origem ao Movimento Paranista. No entanto, Felipe acredita que esse momento não resultou em uma unidade cultural.
Segundo ele, isso é reflexo de parte do Paraná ter se integrado a partir de meados do século 20 e que a partir de 1970, a cidade de Curitiba teve um enorme crescimento demográfico com a migração interna.
O Museu Paranaense é uma instituição de quase 150 anos que aborda a formação histórica, cultural e antropológica do estado. Com exposições, pesquisa própria e um acervo de milhares de peças e documentos que atende a comunidade acadêmica. O museu fica localizado na rua Kellers, 289 e está aberto à visitação entre as 10 da manhã e às 5h30 da tarde.
Reportagem: Amanda Yargas