Ademar Traiano compara invasão à Assembleia ao 8 de janeiro
Na segunda-feira, manifestantes contrários ao projeto de terceirização da gestão de escolas invadiram a Alep
O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Ademar Traiano, afirmou que a punição a manifestantes que invadiram a Alep deve ser a mesma aplicada aos invasores dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.
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A afirmação foi dada durante uma entrevista à reportagem da BandNews FM. Na segunda-feira (3), manifestantes contrários ao projeto de terceirização da gestão de escolas estaduais entraram na Assembleia após derrubarem o portão da entrada principal. Houve confronto com a Polícia Militar.
Na avaliação de Traiano, é preciso punir com base nas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para indicar responsáveis, o serviço de Inteligência do Governo do Paraná foi acionado e acompanhou a movimentação. Um relatório será feito também com informações dos prejuízos financeiros. Sobre a ocupação do plenário, Traiano explicou que havia um acordo para permitir que cerca de 300 manifestantes e sindicalistas acompanhassem a sessão no plenário.
Mas diante da ocupação, pouco antes do início da sessão de segunda-feira (3), os parlamentares optaram por discutir o projeto de forma remota. A medida foi adotada por questão de segurança.
Traiano também foi questionado sobre o forte policiamento dentro e fora do prédio da Assembleia Legislativa no dia da invasão. Segundo ele, a polícia foi acionada para defender o bem público e a orientação era de que não houvesse confronto.
O projeto de lei que propõe o repasse da gestão administrativa e financeira de 200 escolas da rede estadual para a iniciativa privada a partir de 2025 foi sancionado pelo governador Ratinho Junior logo após a aprovação do texto na Assembleia Legislativa.
Após o resultado da votação, a entidade que representa os professores decidiu manter a greve da categoria. Eles reivindicam a abertura de uma mesa de negociação sobre os itens da pauta da greve.
Sobre a entrevista, a APP-Sindicato afirma que a “manifestação de terça-feira não teve nada parecido com o dia 8 de janeiro. Aqui foram educadores(as) lutando em defesa da escola pública. A própria determinação do governador Ratinho Jr de fazer o PL 345 em regime de urgência evidencia a falta de disposição para debater o projeto democraticamente”.
Reportagem: Bárbara Hammes e Vanessa Fontanella