A cada mês, seis motociclistas morreram no trânsito de Curitiba, em 2021. A média volta a colocar esse público como a principal vítima de acidentes fatais em ruas e avenidas da cidade, segundo relatório do Programa Vida no Trânsito (PVT), divulgado na última semana pela prefeitura.

Das 168 mortes ocorridas em 2021, 76 foram registradas em ocupantes de motocicletas – isso representa 45% dos óbitos no ano e um acréscimo de quase 17% quando comparado ao ano anterior, quando houve 69 mortes.

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Em entrevista à BandNews FM, a superintendente de Trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella, destaca que uma das explicações para os aumentos é a maior circulação de motos na cidade desde o início da pandemia.

O destaque nas estatísticas de mortes no trânsito para motociclistas não é novo. Entre os anos de 2016 e 2018, e em 2020, esse público liderou o ranking de óbitos. Antes de 2016 e em 2019 os pedestres foram maioria entre os mortos.

Os números de 2021, além de alertarem para a alta no número de óbitos, colocam a incidência nos mesmos patamares de 2013, quando 76 mortes foram registradas entre motociclistas.

No último ano, na análise da particularidade de cada acidente, em 25% das ocorrências com morte os motociclistas estavam em excesso de velocidade. E em metade das ocorrências fatais onde foi confirmada a combinação álcool e direção.

Além de reforço na fiscalização, a superintendente ressaltou para a ampliação de “motocaixas” – as áreas de espera para as motocicletas nos semáforos – pela cidade. A medida é utilizada pela Setran desde 2018 como alternativa para minimizar a falta de espaço nas vias para os veículos.

Reportagem: Leonardo Gomes.