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Mirian Gasparin

Importante avaliar o tipo de habilidade, seja na parte criativa ou administrativa, para definir tarefas

 A escolha do sócio ideal para o seu empreendimento

Foto: Reprodução/Pixabay

Formar uma sociedade não é uma tarefa fácil. É necessário lidar com pessoas, muitas vezes com características diferentes, mas que estejam unidas pelo mesmo objetivo. No caso de um negócio, independentemente da sua área de atuação, a sociedade deve funcionar, como um corpo humano em que cada órgão tem seu papel importante para a manutenção do todo.

Quando um empreendedor tem a ideia de montar um negócio em sociedade, geralmente existem duas situações. A primeira delas é por oportunidade, ou seja, o empreendedor tem uma ideia de negócio e conhece alguém com quem se relaciona, geralmente amigo, que atua no mesmo ramo ou segmento. Os dois se juntam e montam um negócio por compartilharem da mesma ideia.

A segunda situação é por necessidade, quando o empreendedor, que está com alta demanda de trabalho ou de entregas, busca alguém que o auxilie, geralmente uma pessoa próxima, como um amigo, cônjuge ou mesmo parente.

Mas nessas duas situações, a escolha do sócio por afinidade ou visões similares são apenas possibilidades. Agora, o grande debate é até onde vai essa afinidade. Por exemplo, quem tem um sócio com afinidade de visão e objetivo, é perfeito. Mas se os dois sócios têm as mesmas habilidades e especialidades, a situação já fica mais complexa.

Eu conversei com consultores de empresas e eles me explicaram que para uma parceria dar certo, é preciso convergir visões, objetivos e valores, e se completar em relação a competências, habilidades e conhecimentos.

Um dos principais erros em uma sociedade acontece quando os sócios se juntam quando tudo está bem, e esquecem de discutir o futuro. Então o negócio cresce, e surgem as divergências: um sócio quer sair do negócio, outro pode desistir da empresa para tocar a vida em particular. Esse cenário geralmente não é discutido no início da parceria. Na hora da venda da empresa, por exemplo, quem vai ficar com o capital intelectual, com a carteira de clientes? Por isso, é preciso discutir com base no futuro.

Outro ponto que pode gerar discordâncias é sobre qual será a dedicação de tempo de cada um dos sócios e também não podem esquecer de alinhar as questões jurídicas, como aporte financeiro e ações trabalhistas e jurídicas, que terão influência para os dois sócios.

Uma grande parte do sucesso de uma sociedade é o diálogo entre os sócios. Dificilmente um negócio evolui se os sócios não dialogarem e se ajudarem. E, quando não há mais acerto é também preciso saber a hora de encerrar a sociedade. A hora de parar é quando ambos começam a se desgastar, e as expectativas não estão sendo atendidas, como em um relacionamento amoroso.

Confira abaixo a coluna em áudio:

Mirian Gasparin

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