Advogados de Arruda afirmam que registros apagados configuram crime
Dois dias após o crime, foram apagadas as informações sobre acesso às imagens das câmeras
Advogados que representam a família do tesoureiro do PT morto a tiros por um policial penal bolsonarista afirmam que a limpeza dos registros de acesso das câmeras de monitoramento foi uma tentativa de destruição de provas. Segundo a denúncia do Ministério Público, Jorge Guaranho decidiu ir até a festa de aniversário de Marcelo Arruda após ter acesso às imagens do circuito interno do clube onde acontecia o evento.
O advogado Paulo Henrique Guerra Zuchoski afirma que apagar os registros é uma ação que configura crime e precisa ser investigada. Com base nessa informação do laudo pericial, os advogados devem refazer pedidos anteriormente negados para a produção de provas:
Para os advogados da família de Arruda, entender a dinâmica das imagens do circuito de segurança é fundamental para compreender o crime. O guarda municipal celebrava os 50 anos em uma festa com decoração alusiva ao PT e ao ex-presidente Lula. O evento aconteceu no dia 9 de julho, um sábado. Na segunda-feira seguinte, dia 11, os registros de acesso às câmeras foram apagados, de forma a impedir que soubessem quem teve acesso remoto às imagens do clube.
Os representantes da família de Arruda afirmam que é necessário saber quem apagou e com qual motivação:
O advogado lembra que o titular da ação penal é o Ministério Público. Como representantes da família da vítima, os defensores atuam na assistência da acusação. Segundo o Ministério Público, as informações que constam no laudo pericial são “graves” e podem ser apuradas em um novo inquérito.
Reportagem: Angelo Sfair.