Pelo menos 80 pessoas foram lesadas por uma agência de turismo de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. As vítimas são clientes que compraram pacotes de viagens para diferentes destinos, mas que não puderam embarcar – já que os pacotes nunca existiram. A Polícia Civil investiga o caso e tenta localizar o dono da agência para que ele seja interrogado.

A primeira viagem estava marcada para este domingo (24), com destino ao litoral do Paraná. Os passageiros denunciaram o caso no 8º Distrito Policial depois que o ônibus que deveria busca-los em um ponto de encontro da rua Brigadeiro Franco não apareceu. Além desta viagem, várias outras estão agendadas para os próximos finais de semana.

As vítimas montaram grupos para denunciarem e evitarem que mais pessoas caiam no golpe. A maioria já tinha pagado pelas excursões, parcialmente ou de forma integral. É o caso do auxiliar de manutenção, Christian Cardoso dos Santos, que pagou por uma viagem para Santa Fé, na região de Maringá.

A excursão previa café da manhã colonial, almoço com buffet livre, entrada em uma estação com piscinas naturais, além de passeios à cavalo e de charrete, pedalinho, paredão de escalada e tirolesa. Tudo por R$ 69, com o transporte em micro-ônibus já incluso. A oferta imperdível chamou a atenção, mas também levantou suspeita.

O atendimento do agente de turismo também foi estranho. Mesmo assim, ele fechou negócio.

Uma das mulheres que vendia as viagens acompanhou os turistas neste fim de semana até a delegacia. Ela se diz mais uma vítima do golpista, já que não teria recebido o pagamento prometido pelo trabalho com as vendas dos pacotes. No entanto, não atendeu à nossa reportagem para comentar o assunto.

Segundo o delegado, Silas Roque dos Santos, a investigação começou quando outra vítima tinha procurado a delegacia afirmando que tinha alugado a sala onde ficava a empresa. Ele disse que o suspeito não pagou os aluguéis. 

Quem teve prejuízos e foi lesado deve ir até ao oitavo distrito policial, onde o caso é investigado, e deve fazer boletim de ocorrência.

Reportagem: Ana Flavia Silva/ Felipe Harmata