Agenesia: associação criada por mãe rompe fronteiras e atende mais de 1.100 famílias
O nascimento da menina Dara, há cinco anos, deu início a um movimento que tem ajudado centenas e mais centenas de famílias espalhadas por todos os estados do Brasil. Ela nasceu com agenesia, sem uma das mãozinhas. E isso acabou pegando a todos de surpresa, até mesmo a mãe:
Foi a partir daí que Geane Poteriko começou a buscar informações sobre essa condição. E a primeira percepção da mãe não foi nada animadora: na época, em 2013, era quase impossível encontrar materiais em português que falassem sobre a agenesiade membros e as síndromes que causam essa má formação:
E foi da ausência de informações e de políticas públicas que Geane formou a ideia de criar a Associação Dar a Mão. O grupo surgiu para servir como uma rede de apoio às crianças com agenesia e às famílias.
A associação acolhe, compartilha informação e ajuda a viabilizar as próteses. Desde a criação, há cinco anos, o grupo reuniu pelo menos 1.100 famílias:
Um dos pilares para a integração da criança com agenesia é a prótese. Quanto antes ela for disponibilizada, mais facilmente é possível ver a evolução. Para acelerar esse processo, a Associação Dar a Mão mantém uma parceria com a PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).
A professora Maria Lúcia Miyake, explica que a prótese 3D torna a criança mais confiante e independente:
Desde o início da parceria, a Associação Dar a Mão, em parceria com a PUCPR, já disponibilizou 200 próteses de membros superiores e inferiores. A principal matéria-primeira utilizada é o PLA, um plástico desenvolvido no Brasil, maleável e biodegradável.
As próteses são desenvolvidas pelo setor de Pesquisa e Tecnologia da associação, que une voluntários, pesquisadores e universitários. Desenvolvidas por meio de impressoras 3D, as próteses também ganham cores e desenhos que fazem sucesso entre as crianças.
Reportagem: Angelo Sfair