Água no chopp! Cerveja deve ficar mais cara em agosto
Empresários de Curitiba admitem que serão inevitáveis reajustes nas próximas semanas
Após alta de 11% em um ano, o preço da cerveja – segurado pelos bares até então – deve começar a ser sentido pelo consumidor. Em Curitiba, empresários admitem que será inevitável a alta nas próximas semanas. O reajuste chega em meio a uma alta de quase 10% no consumo do produto, segundo pesquisa do Instituto Nielsen. O Brasil ocupa a terceira posição no ranking global de venda de cerveja, atrás da China e dos Estados Unidos.
O empresário e conselheiro da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Marcelo Toshio, lamenta ter que repassar para o consumidor o reajuste no valor da cerveja, principalmente, em meio a retomada do movimento pós-pandemia.
A explicação para a alta dos últimos meses e os inevitáveis reajustes futuros fica por conta do aumento do preço de ingredientes essenciais para a produção da cerveja, como cevada e malte, em razão da Guerra na Ucrânia e a alta do preço dos combustíveis, que encarece o transporte. Apesar desse cenário, são esperados reajustes menores para o consumidor de bares na comparação com o que pode acontecer com a cerveja comprada em supermercados.
Algo semelhante ao que aconteceu em 12 meses – medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). Entre maio de 2021 e maio deste ano, o preço do produto comprado para consumo em casa subiu cerca de 11%, já em bares e restaurantes a alta ficou em pouco mais de 5%.
Apesar da promessa para reajustes menores, os revendedores de cervejas estão descrentes.
Conforme a Abrasel, os principais reajustes devem chegar no próximo mês. Nos bares, a ideia é priorizar as embalagens de vidro retornáveis, o que barateia o serviço e polui menos que as latas de alumínio. Nos supermercados, a expectativa é pelo aumento da venda de cervejas de preço médio.
Reportagem: Leonardo Gomes.