Ainda dá tempo de ajudar entidades de apoio à criança e ao adolescente com parte do Imposto de Renda
A seis dias do fim do prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda, mais de 1,1 milhão documentos já foram enviados por contribuintes do Paraná. O período termina em 30 de abril, e o que nem todo mundo sabe é que, o momento de acertar as contas com o “Leão” também pode ser uma oportunidade de boa ação.
Não é de hoje que as pessoas podem ajudar instituições filantrópicas com até 3% do valor devido ao fisco. A diferença é só que, a partir deste ano, esse gesto ficou ainda mais fácil.
Agora, basta que o declarante acesse o item “doações diretamente pela declaração”, no bloco “fichas da declaração”, que fica logo nas primeiras linhas de informação. Antes, essa opção aparecia apenas no “resumo”, ao fim de todo o processo.
Aqui no estado, o Hospital Pequeno Príncipe é uma das entidades que podem ser beneficiadas. De acordo com Antony Assumpção, que é coordenador do setor de Arrecadação de Recursos, é importante ressaltar que doações dessa natureza têm custo zero para o contribuinte.
Por outro lado, nem toda organização social está apta a receber os recursos disponibilizados via declaração de imposto de renda. Por isso, antes de doar, a pessoa deve se certificar de que o local escolhido está credenciado no sistema da Receita Federal como entidade a fundo do Estatuto da Criança e do Adolescente. Os locais aparecem em lista quando o contribuinte está preenchendo essa parte do formulário.
Muitas outras instituições também podem ser beneficiadas com esse gesto, como o Pequeno Cotolengo ou a ASID Brasil – Ação Social para Igualdade das Diferenças. A entidade criou o projeto “Mapa da Inclusão”, voltado ao georreferenciamento de pessoas deficientes que vivem sem auxílio em Curitiba, incluindo adolescentes e crianças que muitas vezes nem podem ter acesso ao ensino formal por causa disso.
Segundo o último Censo do IBGE, esse público representa quase 7% da população do país. No Paraná, a edição 2017 do Plano dos Direitos da Pessoa com Deficiência no estado cita mais de dois milhões de habitantes convivendo com pelo menos uma deficiência. E em Curitiba, como a ASID estima que são cerca de duas mil crianças e adolescentes nessas condições, a ideia é impactar diretamente ¼ desse total, ou seja, 500 pessoas.
Reportagem: Daiane Andrade/ Angelo Sfair