Ainda que seja condenado, Carli Filho não sai preso do Tribunal
Ainda que o ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho seja condenado pelo júri popular que começa hoje (27), ele sai livre do Tribunal. Tanto acusação quanto defesa devem recorrer do resultado logo após o anúncio da sentença dos jurados pelo juiz Daniel de Avelar, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba.
O promotor Marcelo Balzer Correia vai atuar na sessão ao lado de Paulo Markowicz de Lima. Ele explica as razões pelas quais o caso ainda está longe de terminar.
No Brasil, vale o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que a prisão de um réu só pode ser decretada após a condenação dele em segunda instância. E o futuro de Carli Filho começa a ser desenhado na tarde desta terça, pelas mãos dos sete jurados que vão compor o conselho de sentença. São pessoas comuns, integrantes da sociedade civil, selecionadas em meio ao grupo de 15 convocados para estar presentes na sessão.
Defesa e acusação terão, inicialmente, uma hora e meia para falar de cada lado, e em caso de réplica e tréplica, as partes ganham mais uma hora cada para expor os argumentos e explicações. Ao todo, portanto, esse momento do julgamento pode chegar a cerca de cinco horas.
O promotor Marcelo Balzer é conhecido pelo rigor com que atua e tem um histórico de participação em mais de mil júris ao longo da carreira. À BandNews, ele falou sobre o peso da repercussão do caso na imprensa e admitiu que até mesmo alguns rumores que surgiram ao longo dos anos podem interferir na decisão dos jurados.
Os promotores atuam no julgamento com a assistência dos advogados Elias Mattar Assad, que representa a família de Gilmar Rafael Yared, uma das vítimas mortas, e Juarez Xavier Küster, que representa a família de Carlos Murilo de Almeida – o outro jovem morto na colisão.
Já a defesa é composta pelos advogados René Dotti, Roberto Brzezinski e Gustavo Scandelari.