O legislativo aprovou nesta quarta-feira os projetos de reestruturação de carreiras das forças de segurança do Paraná. Foram realizadas três sessões ao longo do dia, uma ordinária e duas extraordinárias, para discussão e votação da proposta encaminhada pelo executivo. O projeto de lei que trará impacto econômico de 400 milhões de reais por ano traz novas tabelas de reestruturação dos policiais militares, civis e científicos, com ajustes na distância da base para o topo da carreira.

O problema é que os reajustes propostos pelo governo não estão sendo bem aceitos pela categoria, que pede uma reposição de 30% para atender a desvalorização dos salários devido à inflação. De acordo com o Coronel Sérgio Malucelli, os salários estão defasados há seis anos.

A falta de negociações tem gerado protestos. Na segunda-feira (28/03) à noite policiais fizeram uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Paraná. Na terça-feira, representantes do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) e do Governo do Estado se reuniram na tentativa de chegar a um acordo, mas nada de negociações. Hoje de manhã (30/03) mais protestos. Por volta das 11h30 os servidores chegaram a interromper o trânsito em uma rua entre a Assembleia Legislativa e o Palácio Iguaçu.

O presidente do sindicato da categoria, Kamil Salmen diante dessa aprovação anunciou que a polícia civil não fará paralisações, mas dará início à chamada operação padrão a partir da próxima segunda-feira. As ações na prática visam a segurança dos profissionais, que só irão atuar se tiverem condições adequadas de trabalho.

O projeto de lei segue agora para sanção ou veto do Governador Ratinho Junior.