A boa alimentação na infância gera reflexos positivos na vida adulta, segundo especialistas. Os hábitos alimentares de baixa qualidade para as crianças podem resultar em problemas de crescimento, além de diabetes ou obesidade. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 149 milhões de crianças em todo o mundo têm problemas de crescimento ou estão muito baixas para a idade. Além disso, 340 milhões sofrem de deficiência de vitaminas e nutrientes essenciais, como vitamina A e ferro. E 40 milhões estão acima do peso ou obesas. Por esses motivos, é importante incentivar e desenvolver hábitos saudáveis ainda na infância, mantendo uma parceria entre os pais e as escolas. A pedagoga e diretora da Escola Atuação, em Curitiba, Esther Cristina Pereira, conta que a instituição desenvolveu um sistema para estimular a boa alimentação.

No caso da alimentação, a importância do famoso “prato colorido” não fica apenas na aparência. O consumo de frutas, legumes e verduras, além de proteínas, carboidratos, fibras e outros nutrientes, é essencial para um bom desenvolvimento. A nutricionista responsável pelo desenvolvimento do cardápio dos alunos da Escola Atuação, Manoela Richardz, reforça que a variedade é essencial para que as crianças tenham uma maior adaptação e aceitação

A especialista acredita que desenvolver desde o início da introdução alimentar uma boa relação com os nutrientes é fundamental para a formação dos bons hábitos da criança. Segundo a Unicef, em todo o mundo, quase 45% das pessoas entre 6 meses e 2 anos de idade não são alimentadas com frutas ou vegetais e quase 60% não comem ovos, laticínios, peixe ou carne. Os resultados podem ser vistos no futuro: 62% dos adolescentes em idade escolar, em países de renda alta, consomem refrigerantes com açúcar pelo menos uma vez por dia e 49% comem fast food ao menos uma vez por semana.

Reportagem: Fernanda Scholze