Aluno é apreendido após esfaquear professora, que tem quadro estável
O quadro de saúde da professora, Ana Paula Marino Cezar, que foi esfaqueada por um aluno em uma escola estadual de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, é considerado estável. Ela levou pelo menos oito facadas e teve de ser encaminhada de helicóptero ao hospital. De acordo com o boletim médico, ela foi atingida nos braços e nas mãos de forma superficial. Já nas costas os ferimentos foram mais graves e a vítima teve um dos pulmões perfurados. A professora passou por uma série de exames e permanece internada sem previsão de alta.
O caso foi registrado na escola estadual Ivanete Martins de Souza por volta das 11 horas da manhã desta quinta-feira (04). No momento da agressão a professora escrevia no quadro negro e foi surpreendida pelo estudante de 14 anos. Segundo o tenente David Parise do Amaral, coordenador de policiamento da patrulha escolar, dias antes, os pais do garoto foram chamados na escola por causa da indisciplina do filho, o adolescente não gostou dessa convocação e por isso teria esfaqueado a professora.
O aluno foi apreendido e encaminhado à delegacia de Piraquara para prestar esclarecimentos. De acordo com o delegado Guilherme Fagundes, em depoimento, o jovem comentou que queria somente dar um susto na professora e em nenhum momento se mostrou arrependido.
O adolescente foi autuado em flagrante por ato infracional de tentativa de homicídio. Ele fica apreendido e está sujeito às medidas socioeducativas de internação previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Nesta quinta-feira, as aulas na instituição tiveram de ser suspensas, mas a partir desta sexta-feira (05) voltam ao normal.
A BandNews FM Curitiba procurou o psicólogo Reginaldo Daniel da Silveira e ele explica que alguns valores foram se alterando ao longo dos anos e os alunos já não enxergam mais o professor como uma figura a ser respeitada. Além disso, os docentes lidam com situações e personalidades diferentes e é ele que precisa manter o equilíbrio dentro de sala de aula.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação lamentou o ocorrido e informou que o fato é uma situação isolada, e frente à totalidade do número de escolas existentes na rede estadual, não representa a realidade existente na relação entre professores e alunos. Nos próximos dias, a Secretaria e o Batalhão da Patrulha Escolar vão se reunir com a comunidade escolar para conversar sobre o que ocorreu e passar novas orientações.