Apesar da quarentena, transporte público tem superlotação e passageiros que não atuam em áreas essenciais

 Apesar da quarentena, transporte público tem superlotação e passageiros que não atuam em áreas essenciais

Foto: Daniel Castellano / SMCS

No primeiro dia de “quarentena restritiva” em Curitiba e outras seis regionais do Paraná, ouvintes da BandNews FM se deparam com ônibus lotados na capital.

De acordo com o decreto baixado ontem (30) pelo governador Ratinho Junior, o transporte público só pode atender passageiros que atuam ou que precisam dos serviços essenciais. Os veículos também estão proibidos de circular acima da capacidade, com passageiros em pé, para evitar aglomerações. Na prática, não é isso o que acontece. A URBS e a Comec ainda definem de que de que forma poderão cumprir o que determina o decreto estadual.

Um ouvinte da BandNews FM conta que a esposa dele trabalha no setor administrativo de uma empresa, e que poderia prestar o serviço de forma remota.

No entanto, o empregador a obriga a trabalhar presencialmente. Diariamente, ela se desloca de Campina Grande do Sul até o centro de Curitiba, e percebe que dia após dia os ônibus estão mais cheios:

O decreto baixado ontem (30) pelo governador Ratinho Junior diz o seguinte, em relação ao transporte coletivo, no artigo 10: “o funcionamento dos transportes coletivos fica autorizado apenas para o atendimento de passageiros que atuam ou necessitam utilizar os serviços essenciais”. No parágrafo único, complementa que: “os veículos utilizados para transporte coletivo poderão transportar passageiros em quantidade limitada ao número de assentos”.

Em teoria, a fiscalização cabe à Polícia Militar do Paraná. Quando possível, com o apoio das guardas municipais das 134 cidades afetadas pelo decreto. O descumprimento das medidas pode levar a multa de R$ 100 a R$ 500, para pessoas físicas, e de 2 mil a 10 mil reais para empresas. As multas podem dobrar em caso de reincidência.

Procurada pela reportagem, a Urbs, responsável pela gestão do transporte público em Curitiba, diz que vai se reunir com a área operacional para definir os ajustes necessários ao cumprimento do Decreto Estadual. A reunião será online. Na região metropolitana, a responsabilidade é da Comec.

A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba diz que está reunida para avaliações, e que só vai se pronunciar depois disso. O sindicato das empresas que operam o transporte público em Curitiba e região metropolitana diz que, por enquanto, não tem nenhum posicionamento oficial.

Reportagem: Angelo Sfair

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