Após 580 dias de acampamento, futuro da vigília Lula Livre ainda é incerto
A vigília em apoio ao ex-presidente Lula, instalada ao lado da Polícia Federal, em Curitiba, deve manter as atividades em outros locais,mas ainda não há uma definição de como será a programação.
Segundo Tereza Lemos, coordenadora do acampamento, o futuro da vigília Lula Livre ainda será debatido entre os representantes de instituições que construíram o espaço.
Na tarde deste domingo (10), apoiadores realizaram uma celebração de ação de graças no local pela saída do petista da prisão.
Militantes e apoiadores do ex-presidente permaneceram por um ano e sete meses no acampamento, desde 7 de abril de 2018, data em que Lula foi preso por condenação no caso do triplex do Guarujá. Durante todo esse período, a vigília permaneceu ativa com uma programação diária ao lado da Polícia Federal.
Presente nos atos desde o início, o pintor Flávio Pereira diz que o grupo aumentou e se fortaleceu ao longo do tempo.
Neste domingo (10), durante a celebração inter-religiosa, foi veiculado um áudio de Lula aos integrantes da vigília. O ex-presidente fez um agradecimento à solidariedade dos militantes.
No áudio enviado à vigília, Lula comentou sobre a situação na Bolívia. O presidente Evo Morales e o vice Álvaro García Linera renunciaram ao cargo neste domingo (10).
Em pronunciamento na TV, o presidente da Bolívia disse que abriu mão do governo em favor dos mais pobres. Também deixaram os postos o presidente da Câmara, Victor Borda, e a presidente do Senado, Adriana Salvatierra.
Líderes religiosos, políticos, artistas e autoridades de vários países participaram das ações durante esses 580 dias e fizeram visitas ao ex-presidente Lula na prisão. Durante esse período, o petista recebeu visitas da ex-presidente Dilma Rousseff, do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad e de celebridades como Chico Buarque, Martinho da Vila e do ator e ativista americano Denny Glover.
Reportagem: Cleverson Bravo/ Thaissa Martiniuk/ Ana Flavia Silva