Os atropelamentos por biarticulados voltam ao mesmo patamar do ano anterior à pandemia. Até esta sexta-feira, dia 29 de julho, a capital paranaense registrou onze atropelamentos, sendo cinco deles em um único mês: abril. Em 2019, o último ano antes do isolamento social, foram 23 atropelamentos, sendo onze deles até julho.

Na análise da mestre em engenharia de transportes, a professora universitária Fabiana von der Osten, o problema está ligado ao comportamento dos envolvidos.

O mais recente aconteceu no último dia 15 de julho. Um motociclista foi atingido por biarticulado em um cruzamento na Linha Verde. Nas redes sociais, a vítima viralizou ao procurar testemunhas do caso pois acredita que o motorista teria desrespeitado à sinalização. Ele foi levado ao Hospital do Trabalhador, passou por uma cirurgia de emergência e segue em recuperação.

Para a especialista, a barreira física, como uma grade que cerca a canaleta, não basta.

Em 2021, foram oito atropelamentos até o mês de junho. Naquele período, Curitiba tinha passado por dois decretos da Bandeira Vermelha, com fechamento do comércio. Em 2019, foram duas mortes em decorrência dos atropelamentos, uma morte em 2020, uma em 2021 e nenhuma, até o momento, em 2022.

Segundo a Urbanização de Curitiba, os ônibus do transporte coletivo têm um sistema de desaceleração de velocidade e não ultrapassam os 60 km/h. O velocímetro é monitorado pelas empresas.

Reportagem: Larissa Biscaia.