Após queda, planos de saúde devem sofrer reajuste de 18%
É o que prevê pesquisa do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS)
Depois de um ano atípico, com queda superior a 8% no valor dos planos de saúde, devido à redução da demanda em 2020, os serviços podem sofrer alta de 18% neste ano. É o que prevê pesquisa do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS).
Segundo o advogado especialista em planos de saúde, Gabriel Shulman, o porcentual apesar de ser maior que a inflação anual pode ser interpretado como comum, uma vez que o setor sofreu evidentes aumentos nos custos assistenciais.
Conforme o estudo do IESS, até fevereiro do ano passado, a variação dos custos médico-hospitalares dos planos estava negativa em quase 2%. Já a partir do segundo trimestre de 2021, houve aumento da despesa per capita em serviços ambulatoriais (23,3%), exames (20,8%) e internações (20,0%). Para esses itens, a pesquisa ressaltou que o custo aumentou durante todo o período desde o início da pandemia.
A previsão é que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgue ainda neste semestre a tabela com os novos valores dos planos.
A partir da divulgação dos novos valores, as operadoras já terão autorização para aplicá-los a partir da data de aniversário do contrato, ou seja, no mês em que o plano foi contratado. Isso significa que o teto máximo de aumento poderá ser usado como referência até abril de 2023.
Reportagem: Leonardo Gomes.