Mais de dois meses depois de o Festival de Curitiba baixar as cortinas, o Guritiba não só continua como ainda está longe de terminar. É que, de 2018 para cá, ele se transformou em uma iniciativa autônoma e permanente que coloca crianças em situação de vulnerabilidade social em contato com atividades culturais. Mais de 35 organizações já são assistidas pelo projeto, beneficiando aproximadamente 12 mil meninos e meninas de comunidades carentes da Grande Curitiba.

E a ideia é aumentar ainda mais esses números, de acordo com Carol Scabora, produtora do Guritiba.

O programa conta com recursos da Lei Rouanet e é conduzido ao longo de oito meses durante o ano. As atividades são promovidas semanalmente em escolas, ONGs, orfanatos e asilos de áreas socialmente vulneráveis de Curitiba e região metropolitana.

Com isso, o que se busca é a inclusão cultural do público infantil sem acesso às atrações artísticas que, normalmente, ficam restritas às regiões centrais das grandes metrópoles.

A abertura anual do Guritiba integra a programação do Festival de Curitiba e prevê desde brincadeiras até peças teatrais, oficinas, música e atividades formativas e sociais em escolas. Quando o evento termina para o grande público, o cronograma artístico e educativo do Guritiba se espalha para viabilizar o contato desse público – muitas vezes inédito – com ações gratuitas, além de democratizar o acesso à cultura.

A ação para as famílias já foi realizada mais de 50 vezes, atendendo, assim, cerca de 600 pessoas. Somente nos primeiros cinco meses de 2019, o programa já promoveu 16 eventos e reuniu aproximadamente 85 participantes.

Reportagem: Daiane Andrade