Autoridades ligadas às investigações da Lava Jato no Paraná se manifestaram depois do resultado das eleições presidenciais. O juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações em primeira instância da operação, disse em nota divulgada pela Justiça Federal do Paraná, que é importante que o novo presidente faça reformas para recuperar a economia e a integridade da administração pública, resgatando a confiança da população na classe política. Moro ressaltou ainda que são necessários o diálogo e a tolerância neste processo.

O procurador Carlos Lima, que permaneceu na força-tarefa por quatro anos e pediu afastamento para se aposentar, postou no Facebook “a democracia pune aqueles que enganam o povo e Bolsonaro hoje foi um instrumento dessa punição”. Lima destacou ainda que espera que o capitão reformado e deputado federal não seja arrogante e compreenda que os votos que o tornaram presidente não foram porque a maioria dos eleitores o acham um mito ou sequer porque tem certeza das reais propostas de sua candidatura, mas apenas porque representou o voto anti-PT. O procurador finalizou a postagem dizendo que agora é hora de mostrar que é possível algo diferente, dentro das regras constitucionais.

Caso contrário, “muitos perderão a confiança de que é possível um governo justo, honesto e para toda a população”. O coordenador da força-tarefa, procurador Deltan Dallagnol, postou antes do pleito que, passadas as eleições, cabe a cada cidadão o esforço permanente para construir um País melhor. Apesar de não integrar as equipes da Lava Jato, a esposa do juiz Sérgio Moro, Rosangela Moro, que possui mais de 50 mil seguidores nas redes sociais, postou ontem no Instagram uma imagem do Cristo Redentor e do número 17 e escreveu que estava feliz. Rosangela postou ainda uma imagem da bandeira do Brasil com os dizeres: “sob nova direção”.

Reportagem: Juliana Goss