Curitiba tem apenas cerca de 30% do público-alvo vacinado contra a poliomielite. A campanha da vacinação, que previne a paralisia infantil, termina na sexta-feira (30). Assim como a capital, o município de Matinhos, no litoral, também não chega a 31%. Segundo o Ministério da Saúde, o estado ainda precisa vacinar mais de 245 mil crianças com idade entre 1 ano e 4 anos. Inicialmente, a campanha contra a pólio terminaria em 9 de setembro, mas, foi prorrogada devido à baixa adesão. O Paraná vacinou pouco mais de 60% do público-alvo.

Na campanha deste ano, há cidades em que a faixa de cobertura está abaixo de 50% nesta etapa final. No ano passado, a vacinação contra a doença atingiu cobertura de 79,7% da faixa etária específica. O baixo índice na capital revela uma adesão muito menor do que a registrada em 2021, quando 83% das crianças de 1 a 4 anos foram vacinadas.

A secretária municipal de saúde, Beatriz Battistella Nadas, reforça que a vacinação é a única forma de prevenção.

A poliomielite é uma doença contagiosa causada por um vírus que pode causar a paralisia de membros inferiores. O Paraná possui 1.800 salas de vacinação. A campanha contra a pólio busca alcançar crianças menores de 5 anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante, aplicado aos 2, 4 e 6 meses de idade por meio de injeção intramuscular, e incentivar a aplicação da dose de reforço, a chamada ‘vacina da gotinha’.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que entre 1º de janeiro e 16 de agosto de 2022, foram confirmados 19 casos de poliomielite, sendo um no Afeganistão e 14 no Paquistão, dois países considerados endêmicos para a doença. No Brasil, o último registro foi em 1989, na Paraíba.