Bebê que sobreviveu a desastre rodoviário completa um mês de vida
A pequena Jhennifer Geovana, que sobreviveu a um grave acidente na cidade paulista de Cajati, no Vale do Ribeira, já tem um mês de vida. A data foi celebrada por familiares nesse domingo (26).
A tia da criança, Adriele Ribeiro, usou as redes sociais para agradecer pela saúde da sobrinha e também para lembrar a perda da irmã, Ingrid Irene Ribeiro, morta no desastre. Em uma postagem, ela afirma: “Deus é maravilhoso em nossas vidas, pois mesmo em meio à tanta dor e caos, nos presenteou com você, para que a cada amanhecer com seu sorrisinho banguela nos dê força para continuar”.
A jovem tinha apenas 20 anos de idade e estava no fim da gestação. A criança foi expelida da barriga da mãe, mas sobreviveu e acabou resgatada sem ferimentos.
Cleide Silveira é a avó materna da bebê e conta que a saúde da neta está ótima. A menina, inclusive, adora ficar no colo aproveitando o carinho da família.
Ingrid morreu quatro dias antes de completar 21 anos, em 26 de julho, e foi sepultada em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde vivia com a família. Além da bebê, ela deixou mais duas filhas, de dois e três anos de idade.
Segundo o delegado Bruno Roberto da Silva de Assis, que conduz as investigações, há indícios de que o caminhoneiro Jonatas Aparecido Ferreira, 30 anos, não apenas conhecia a moça como já havia mantido um relacionamento com ela no passado.
Em depoimento, a afirmação do caminhoneiro – que até hoje não conversou com a imprensa – foi a de que ele apenas deu uma carona para Ingrid, que chorava muito. Os dois teriam se encontrado em posto de combustíveis às margens da BR-116, em São José dos Pinhais, onde o homem também mora.
O veículo viajava com destino ao ABC Paulista, onde faria uma entrega de tábuas de madeira. O inquérito foi aberto logo depois do acidente, mas ainda não foi concluído porque a investigação depende de um laudo da perícia para esclarecer o que, de fato, aconteceu naquela noite.
O caminhão tombou quando ainda estava na BR-116, mas na altura do quilômetro 527, no estado de São Paulo. Ejetada, a jovem ficou sob a carga e só foi identificada alguns dias depois, pela família, já que estava sem documentos. A empresa responsável pelo transporte não comenta o caso.
Reportagem: Daiane Andrade