Beto Richa se torna réu na Lava Jato

 Beto Richa se torna réu na Lava Jato

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-governador do Paraná, Beto Richa, e outras 9 pessoas se tornaram rés na Operação Lava Jato. A Justiça Federal acatou a denúncia do Ministério Público Federal relacionada às investigações da etapa batizada de Integração, que apura os crimes de organização criminosa e corrupção em contratos de pedágio paranaenses.

Segundo a denúncia, pelo menos R$ 8,4 bilhões foram desviados por meio de obras que não foram executadas e do aumento das tarifas em concessões do Anel de Integração no Paraná. De acordo com cálculo dos procuradores, cerca de R$ 35 milhões foram movimentados em propinas.

Esta denúncia envolve o núcleo político de investigados. Para os procuradores da força-tarefa, Beto e o irmão dele e ex-secretário de Logística e Infraestrutura, Pepe Richa, comandaram o esquema de propinas das rodovias federais no Paraná. O procurador da República, Diogo Castor de Mattos, explica que as investigações começaram em 2013, mas segundo ele, a corrupção ocorria desde 1997, ano em que houve a primeira apresentação comercial de obras por parte das concessionárias.

O procurador afirma que o cronograma de duplicação das rodovias era apresentado, mas não era totalmente executado.

O esquema de corrupção teria começado há 20 anos. Apesar de envolver três ex-governadores do Paraná – além de Beto Richa, Jaime Lerner e Roberto Requião (MDB) – a prescrição foi considerada para limitar a apuração na última gestão. Uma segunda denúncia também foi apresentada e aceita pela Justiça, envolvendo o grupo de empresários de concessionárias. Eles devem responder pelos crimes de corrupção e organização criminosa.

De acordo com o procurador, em 2011, já na administração de Beto Richa, houve um compromisso do governo em ajudar as concessionárias no que se chamou de “revisão amigável” dos contratos.

O ex-governador do Paraná, Beto Richa, chegou a ser preso no fim do mês passado, na etapa 58 da Lava Jato. No entanto foi solto logo na sequência, por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça. O MPF apresentou um recurso contra a determinação de soltura. Os procuradores pedem que o recurso seja analisado pelo relator do caso ou pela 6ª Turma e que o político seja preso novamente.

Reportagem: Juliana Goss

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