Câmara quer derrubar liminar que suspendeu sessão que votaria cassação de Katia Dittrich
A Câmara de Curitiba tenta derrubar, na Justiça, a liminar que suspendeu a sessão que votaria o futuro da vereadora Katia Dittrich, acusada de se apropriar de parte do salário de assessores. Na decisão que suspendeu a sessão e o processo contra a vereadora, o juiz acolheu os argumentos da defesa, que apontou que a comissão processante extrapolou os 90 dias que correspondiam ao prazo para a conclusão do processo.
A questão é que a comissão alega que o prazo é contado em 90 dias úteis, e não em dias corridos, como reivindicou a defesa da parlamentar, ao fim do procedimento. Na manhã desta quarta-feira (13), durante a sessão plenária, o presidente da comissão, Cristiano Santos (PV), se defendeu.
A comissão processante foi instaurada depois que ex-assessores do gabinete da vereadora Katia Dittrich denunciaram que a parlamentar exigia parte de seus salários. Das seis pessoas que oficializaram a denúncia, duas afirmaram que repassaram dinheiro a parlamentar, duas teriam sido demitidas por se negarem a isso e as outras são testemunhas.
Entre as provas apresentadas, estão dois comprovantes de depósitos bancários – um de R$ 1 mil, outro de R$ 5 mil. Katia se diz vítima de um complô, arquitetado por um ex-vereador e assessores e que o dinheiro se referia a empréstimos.
Ontem a vereadora chegou a ser internada em um hospital de Curitiba. Segundo a assessoria de imprensa, ela enfrenta problemas de saúde há vários dias.