Caminhões identificados com adesivo da Defesa Civil são alvo de vandalismo em rodovias do Paraná
Cem cargas prioritárias sinalizadas com o adesivo da Defesa Civil foram alvo de vandalismo ou tentativa de bloqueio nas rodovias do Paraná desde que os caminhões passaram a ser sinalizados pelo governo do estado. A informação foi confirmada ontem (29) pelo Comando da Casa Militar.
De acordo com o governo, o principal ponto de resistência do movimento está situado na região sudoeste do estado. Desde a última quinta-feira (24), caminhões que transportam cargas prioritárias como materiais hospitalares, medicamentos, cargas vivas, rações, produtos químicos para tratamento da água e produtos perecíveis recebem o adesivo da Defesa Civil. Após um acordo fechado entre o governo e representantes dos caminhoneiros, essas cargas não podem ser bloqueadas pelos manifestantes.
Mesmo assim, ontem (29), houve o registro de bloqueio de caminhões e veículos de transporte no Contorno Norte, em Santa Felicidade. Para o chefe da Casa Militar, coronel Maurício Tortato, a prioridade do governo do estado é, agora, a reposição dos alimentos em centros de distribuição
O desabastecimento dos municípios e os efeitos da paralisação dos caminhoneiros foram tema de um encontro realizado hoje (terça) entre a governadora Cida Borghetti e representantes de 14 cidades do estado. O presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Frank Schiavini, conta que a maior preocupação dos chefes dos Executivos Municipais é o impacto na arrecadação das cidades, causado, principalmente, pela suspensão da cadeia produtiva
Segundo o Sistema Ocepar, que representa as cooperativas do Paraná, a paralisação dos caminhoneiros tem causado um prejuízo diário de R$ 200 milhões de reais ao setor. O principal problema é o escoamento da produção de grãos, aves, peixes e suínos, além da falta de insumos para garantir a alimentação dos animais. Após a reunião de ontem (29), o governo disponibilizou aos municípios o telefone direto do gabinete de gerenciamento de crise instalado no Palácio das Araucárias. O objetivo do governo é centralizar nem Curitiba as informações sobre a ação do movimento grevista em todo o estado.