Caso registre candidatura Deltan Dallagnol corre o risco de ser declarado inelegível. Pelo menos é nisso que a empresária e pré-candidata a deputada federal, Roberta Luchsinger, aposta. Ela entrou com uma representação na Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná com a alegação de que o ex-procurador responde a processos disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o que, por lei, inviabilizaria a candidatura. No artigo primeiro da lei da inelegibilidade, magistrados e membros do Ministério Público, que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária com pendência de processo administrativo disciplinar, são inelegíveis pelo prazo de oito anos.

A representação foi assinada por três advogadas, entre elas, Maíra Recchia que explica que o ex-procurador da República tinha 52 procedimentos pendentes de julgamento perante o CNMP, sendo que três deles viraram processos administrativos disciplinares, o que segundo ela, pela lei, tornam a candidatura de Dallagnol passível de impugnação.

Ainda segundo a advogada, a intenção de abrir o processo com antecedência é para que os fatos sejam devidamente apurados e para que no momento em que o partido registre a candidatura do ex-procurador da República, ela seja imediatamente impugnada.

Deltan Dallagnol afirma que não existe a menor possibilidade da candidatura dele ser impugnada. Segundo o ex-procurador, quando saiu do Ministério Público havia contra ele apenas reclamações, que são pedidos feitos à Corregedoria, sem exame de mérito e que, por lei, não o tornam inelegível.

Sobre os Processos Administrativos, ele explica que os dois que existem contra ele, não tem relação com a atuação funcional.

E o ex-procurador reafirma que sairá na disputa eleitoral por uma vaga no Congresso Nacional.

O prazo máximo para o registro das candidaturas é o dia 15 de agosto. Dallagnol é pré-candidato pelo Podemos.

Reportagem: Vanessa Fonanella.