Capivara é flagrada em avenida do expresso em Curitiba

 Capivara é flagrada em avenida do expresso em Curitiba

(Foto: Colaboração/Martin Gustavo)

(Foto: colaboração/Martin Gustavo)

A capivara que foi vista nesta quinta-feira pela manhã entre os bairros Água Verde e Vila Izabel foi capturada pela prefeitura. O animal foi sedado e examinado. Estava em bom estado de saúde e foi solto na região e mata do Rio Barigui. Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente especulam que o animal deve ter sido expulso do grupo pelo macho alfa, mas que deve encontrar outro grupo na natureza ou até mesmo ser reinserido pelo grupo dele. O animal silvestre foi visto bem cedinho, por volta das 6h30, em ruas movimentadas da região.

O roedor foi fotografado por ouvintes da BandNews FM Curitiba na Avenida República Argentina, nas esquinas das ruas Palmeiras e Dário Veloso. Uma das preocupações de quem avistou a capivara era evitar que ela perambulasse pela região: a avenida é o caminho dos ônibus expressos e fica entre duas vias rápidas (Guilherme Pugsley, no sentido Centro, e Guararapes, no sentido Bairro).

Ouvinte da BandNews FM, Martin Gustavo voltava para casa, após uma corrida matinal, quando se deparou com a capivara. Funcionários de um posto de combustíveis tentavam fazer um cerco ao mesmo tempo em que as autoridades eram acionadas pelo telefone:

Responsável pela seção de planejamento da Polícia Militar Ambiental do Paraná, o capitão Álvaro Gruntowski explica que o batalhão é responsável pela prevenção e repressão aos crimes contra o meio ambiente. O batalhão não é um órgão de manejo de animais silvestres, embora possa agir em casos extremos, urgentes ou com risco à vida.

Em episódios como o de hoje (16) — envolvendo uma capivara avistada em locais não esperados –, o capitão afirma que a Polícia Ambiental não costuma agir:

Álvaro Gruntowski afirma que é importante entender o contexto da urbanização e como isso afeta a relação entre animais silvestres e seres humanos:

Por isso, segundo ele, o cidadão deve assumir a parcela de responsabilidade para evitar que esses contatos se tornem cada vez mais comuns. E compreender que nem sempre a captura ou remoção é a melhor alternativa:

Ainda há um alerta fundamental: animais silvestres podem ser vetores de doenças graves, por isso a orientação é evitar o contato. Por meio de nota, a Prefeitura de Curitiba informou que recebeu as solicitações via 156. Apesar de o município não oferecer serviço de resgate de animais, o Departamento de Pesquisa e Conservação pode atuar quando há riscos para a fauna ou para a população. Segundo a Prefeitura, no caso desta capivara, servidores entraram em contato com os solicitantes para levar informações que levassem ao paradeiro do roedor.

A lacuna nos serviços foi deixada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que deixou de fazer o resgate e o atendimento aos animais silvestres. Por meio de nota, o órgão afirma que na maioria dos casos o animal não deve ser incomodado. O IAP afirma que nos casos envolvendo animais feridos ou em risco os próprios cidadãos “podem fazer a captura (dependendo do animal). Em outros casos, é possível entrar em contato com uma consultoria ambiental para que seja efetuada a captura”.

Reportagem: Angelo Sfair

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