Na próxima quinta-feira, 13 dezembro, a Justiça deve interrogar pela primeira vez, desde a prisão, Luis Felipe Manvailer. Ele é acusado de matar a esposa Tatiane Spitzner, em Guarapuava, região central do Paraná. Além do professor universitário, vai ser tomado o depoimento das testemunhas de defesa e de acusação. O julgamento acontece quase cinco meses após o crime, ocorrido no dia 22 de julho.

O corpo de Tatiane foi encontrado dentro do apartamento onde o casal morava. Câmaras instaladas nos corredores, garagem e elevador do prédio flagraram Manvailer agredindo a esposa. A advogada tinha diversas marcas, como arranhões e escoriações. Entre as testemunhas está o delegado Bruno Miranda Maciocek, que presidiu o inquérito do caso na Delegacia da Mulher.

Também será ouvido Obadias de Souza de Lima Júnior o chefe administrativo do Instituto Médico Legal (IML) de Guarapuava. O depoimento de uma testemunha de defesa que mora na Alemanha será tomado por vídeo conferência no dia 13 de dezembro.  As audiências estavam agendadas inicialmente para 22 de novembro, mas foram canceladas depois que a juíza Paola Mancini, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, acolheu o pedido do Ministério Público para incluir o motivo torpe como qualificadora do crime de homicídio.

A modificação foi feita depois da conclusão do laudo do Instituto Médico-Legal (IML) que confirmou Tatiane Spitzner morreu por asfixia mecânica, “causada por esganadura e com sinais de crueldade” e que não há dúvidas de que a advogada foi morta antes de ser jogada do 4° andar do prédio.

Reportagem: Alexandra Fernandes