Polícia abre inquérito para investigar atos de vandalismo após protesto em Curitiba
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar os episódios de vandalismo e depredação que ocorreram em Curitiba na noite de segunda-feira (1º) após uma manifestação contra o racismo. Cinco homens e uma mulher foram presos por desacato, associação criminosa e dano ao patrimônio público. Um adolescente foi apreendido e, depois, liberado.
O delegado responsável pelas investigações, Rodrigo Brown, conta que o foco da polícia no momento é ouvir testemunhas e analisar imagens de câmeras de segurança para identificar quem deu início ao vandalismo.
Durante o quebra-quebra, sete pontos de ônibus na Praça Tiradentes foram danificados. As pichações e os cacos de vidros foram retirados, de acordo com o balanço da Urbs. O prejuízo estimado pela prefeitura de Curitiba é de R$ 35 mil. Além disso, segundo a Polícia Militar, houve registro de vandalismo a agências bancárias, estações-tubo, um shopping e em prédios públicos como do Fórum de Curitiba e da Junta Comercial na Avenida Cândido de Abreu.
A manifestação, que reuniu cerca de 1,2 mil pessoas, se concentrou de forma pacifica no prédio histórico da Universidade Federal do Paraná e seguiu por cerca de dois quilômetros, em direção ao Centro Cívico, onde fica a sede do Governo do Estado. Manifestantes queimaram uma bandeira do Brasil e promoveram quebra-quebra. Para dispersar as pessoas, policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que as equipes acompanharam a manifestação para a segurança dos próprios envolvidos e disse que respeita o direito ao protesto e só age quando o limite da ordem e do bom senso é ultrapassado. Já os organizadores do protesto afirmaram que o vandalismo aconteceu após dispersão no fim da manifestação e que criminosos infiltrados foram os responsáveis.
Reportagem: Leonardo Gomes