As nove unidades dos Centros de Atenção Psicossocial de Curitiba, as Caps, devem ter o atendimento unificado. O serviço de acompanhamento para a saúde mental é oferecido por meio do Sistema Único e Saúde (SUS).  Atualmente, a estrutura para adultos é dividida em dois tipos de atendimento: Caps AD, especializado no tratamento de dependentes químicos e alcoólicos, e Caps TM, que atende pessoas com transtornos mentais. Existem ainda três unidades do Capsi, que oferece atendimento para crianças e segundo a Prefeitura, não estão incluídos no projeto de redimensionamento.

Segundo a Coordenadora da Rede de Saúde Mental de Curitiba, Flavia Adachi, o projeto é resultado de um estudo que busca ampliar o acesso ao serviço.

A iniciativa foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde no começo do mês de novembro, mas as mudanças ainda não têm data para serem realizadas. Segundo a prefeitura, o projeto foi amplamente discutido com diversas instituições antes de ser aprovado.

Mesmo com todos estes estudos, a Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) fez um pedido de informações à prefeitura, por meio do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Para a instituição, existem pontos que precisam ser reconsiderados nesta decisão. Segundo Artieres Edemar Frei, Membro do Colegiado Gestor da Abrasme no Paraná,  a prestar o atendimento aos dois perfis diferentes em um mesmo ambiente fere preceitos da reforma psiquiátrica.

A Associação defende também que a ampliação do acesso é, de fato, necessária, mas que deveria ser feita de outra forma.

Atualmente, os centros de atendimento adulto estão divididos entre os bairros Boa Vista, Cajuru, Cic, Portão e Bairro Novo onde há o tratamento para dependentes químicos e alcoólatras; e Bigorrilho, Portão, Boa Vista e Boqueirão, onde é oferecido o atendimento para transtornos mentais.