Cerca de 200 paranaenses estão na fila de espera para transplante de fígado segundo o Sistema Estadual de Transplantes do Paraná. A faixa etária acima dos 50 anos é grande maioria. Segundo o Cirurgião e Chefe do serviço de transplante hepático do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Eduardo Ramos, a cirrose hepática não alcoólica é uma das principais doenças dos pacientes cadastrados na lista

A obesidade é o principal fator de risco para desenvolvimento da doença, estima-se que 25% da população adulta com excesso de peso apresente algum nível da doença, que se agrava conforme o Índice de Massa Corporal (IMC) aumenta. Um dos hospitais que mais realiza transplantes no estado é o Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, nesta semana o hospital realizou o transplante de número 250. Para Eduardo Ramos esse número representa um alerta para a sociedade

Em todo o Paraná, nos últimos 10 anos, foram realizados 1965 transplantes hepáticos, uma média de 196 procedimentos por ano. Considerado de alta complexidade, o transplante exige equipe e estrutura qualificada e doação de órgão compatível. Os casos mais urgentes, como os de hepatite fulminante, são priorizados, pois esses pacientes têm uma expectativa de vida extremamente curta e precisam ser operados rapidamente. Vale lembrar a importância da doação de órgãos, de acordo com dados do Ministério da Saúde, há cerca de 4 a 5 doadores para cada 1 milhão de habitantes no Brasil e a necessidade de transplantes é muito maior do que o número de doadores com morte cerebral disponíveis.