Influenciado pelos preços da batata e do tomate, o custo da cesta básica de alimentos caiu 1,74% em Curitiba, em junho, na comparação com maio. O valor da cesta foi calculado em R$ 701,26. As três capitais da região sul, e outras cinco de outras regiões, registraram um leve recuo no preço, segundo a pesquisa mensal feita pelo Dieese. O departamento explica que a queda está relacionada à sazonalidade de alguns itens.

Segundo o técnico do Dieese, Rafael Durlo, o movimento é esperado e tem relação com os períodos mais ou menos propícios para a produção agrícola. Ele lembra que, alguns meses atrás, a batata e o tomate eram considerados “vilões” da cesta básica. Agora, ajudaram a reduzir o preço médio:

O tímido recuo do preço em junho não altera o cenário macroeconômico. Somente no primeiro semestre, a cesta básica de alimentos subiu 11,58% em Curitiba. No acumulado dos últimos 12 meses, 13,37%. Para o técnico Rafael Durlo, a redução das alíquotas do ICMS sobre os combustíveis não deve impactar tanto o preço dos alimentos porque a mudança beneficia mais a gasolina do que o diesel.

Além disso, segundo ele, outros fatores impactam de forma mais contundente a formação dos preços:

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos também destacou, em junho, o aumento expressivo dos preços do leite e da manteiga. A farinha de trigo também aumentou, impactando consequentemente o preço do pão francês. O feijão carioquinha também aumentou – e uma alternativa é feijão preto, cujo preço caiu em todas as capitais.

Segundo o Dieese, a cesta básica mais cara do país é a de São Paulo, avaliada em R$ 777. Curitiba aparece na sexta colocação, com um custo mais baixo do que as outras capitais da região sul. Na capital paranaense, o preço médio da cesta básica (R$ 701,26) equivale a mais de 62% do salário mínimo.

Reportagem: Angelo Sfair.