Chuva ajuda a amenizar baixos níveis dos reservatórios em Curitiba e região, mas o cenário ainda é crítico
A chuva que se estende desde ontem (quinta-feira, 12) em Curitiba e região metropolitana ajudou a amenizar o impacto da estiagem nos reservatórios que abastecem os municípios. Apesar disso, o nível das barragens permanece em patamar crítico com 47,5% da capacidade, ontem (quinta-feira, 12) o índice chegou a ficar em 46,9%.
Conforme o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), somente nas últimas 24 horas o volume de chuva que caiu em Curitiba foi superior a 41 mm. E há previsão para mais 20 mm até amanhã (sábado, 13) à tarde. Apesar do volume que já caiu e a previsão animadora para o cenário de seca, o diretor de meio ambiente e ação social da Sanepar, Julio Gonchorosky, alerta que a situação ainda é preocupante.
Com a permanência da estiagem por mais de 1 ano e meio no Paraná, todo o estado está em situação de emergência hídrica. A região mais afetada é a de Curitiba e entorno, que convive há mais de um ano com rodízios no abastecimento de água. Nesta semana, a região retornou ao modelo de racionamento que reveza 36 horas de fornecimento, com 36 horas de suspensão. Na prática, as residências tem um dia e meio com água e um dia e meio sem. Antes, o rodízio vinha funcionando no formato de 60 horas com o fornecimento de água, com 36 horas de interrupção.
Segundo o diretor, a medida foi implementada devido à falta de chuvas, mas com a mudança nas últimas horas, o cenário poderá ser reavaliado.
Em julho choveu apenas 14,6 milímetros na região, diante da média histórica de 92,4 mm para o mês. O atual modelo de rodízio fica em vigor até a próxima quarta-feira (18), quando a medida poderá ser renovada ou afrouxada.
Reportagem: Leonardo Gomes