Cinema em Curitiba tem dispositivos de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva e visual
Como assistir a um filme sem ver? Ou como ouvir as falas dos personagens, os efeitos sonoros, sendo deficiente auditivo? Se você não faz ideia de como isso acontece, o estudante de letras, Luiz Gustavo de Andrade, de 25 anos, que é cego desde que nasceu, explica.
O que ele chama de perfeição, dentro da realidade dele, é um serviço de áudio-descrição, que literalmente narra a história para quem não pode vê-la. E ele existe: na sala de cinema do Cineplus do Shopping Jardim das Américas. Ela foi a primeira sala do Brasil com equipamentos de acessibilidade.
Além dos fones de áudio-descrição para pessoas com deficiência visual, uma pequena tela pode ser encaixada no porta-copos da poltrona para pessoas com deficiência auditiva. No totem, o filme é traduzido simultaneamente para a Libras – a Língua Brasileira de Sinais.
Uma das sócias do cinema, Marina Pastre, explica que a iniciativa atende a uma legislação que entrará em vigor em breve, mas que a ideia de adiantar a instalação dos equipamentos é uma forma de ampliar o acesso de todos à arte.
O acesso à tecnologia é individual e deve ser solicitado pelo cliente logo na bilheteria, na compra do ingresso, sem nenhum custo adicional.
Reportagem: Ana Flavia Silva