Com baixa cobertura, Paraná cria força-tarefa para aplicar vacinas
Estratégias diversas visam ampliar a proteção contra doenças que podem ser prevenidas
Quatro em cada 10 vacinas contra a gripe enviadas pelo governo federal ao Paraná ainda não foram aplicadas.
Segundo dados do Vacinômetro Nacional, menos de dois milhões e meio de pessoas foram imunizadas contra a doença no estado.
Considerando o público-alvo, formado pelos grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças e gestantes, menos da metade da população está protegida (45%).
Os números estão muito distantes da meta de imunização do Ministério da Saúde, que é de 90%.
Para reverter o cenário, a Secretaria de Estado da Saúde criou uma força-tarefa com os municípios para acelerar a cobertura vacinal.
Em entrevista à BandNews FM, o secretário estadual da Saúde, César Neves, reforçou a importância da boa informação para elevar os índices de cobertura:
A iniciativa vale não apenas para as vacinas contra o vírus Influenza, mas para todas do Calendário Nacional de Vacinação.
O objetivo é ampliar a cobertura dos imunizantes com baixa cobertura no Paraná, como Pentavalente, DTP, Pneumocócica 10 e Poliomielite.
Essas vacinas todas têm uma meta de cobertura de 95%, mas no estado os índices ficam entre 80% e 84%.
Segundo o Governo do Paraná, a força-tarefa também prevê uma parceria entre as secretarias da Saúde e da Educação.
Na volta às aulas para o segundo semestre, os alunos e os responsáveis serão alertados sobre a necessidade de manter a carteirinha vacinal em dia.
O Paraná ainda não está em situação de emergência para doenças respiratórias, mas o período do inverno exige atenção.
Na estação mais fria do ano, com os ambientes mais fechados, as infecções por vírus tendem a acelerar.
A vacinação, portanto, também visa prevenir as complicações das Síndromes Respiratórias Agudas Graves que exigem internações e podem levar à morte.
Reportagem: Angelo Sfair