Com fronteiras fechadas, estudantes correm risco de perda de intercâmbios e bolsas de estudo
Um movimento estudantil busca ajuda para que alunos não percam bolsas de estudos internacionais. Com as fronteiras fechadas, países estrangeiros não aceitam a entrada de brasileiros e não emitem vistos de estudante. O grupo Estudiar Es Esencial, que une 350 universitários de todo o Brasil, publicou uma carta aberta pedindo ajuda e na procura por alternativas.
É o caso da comunicadora organizacional Emanoelle dos Santos, formada pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, que ganhou uma bolsa de estudos para fazer o mestrado em jornalismo em Madrid, na Espanha.
O país segue com as fronteiras fechadas e ela corre o risco de perder a bolsa de 25 mil euros, aproximadamente 160 mil reais.
O mesmo acontece com o arquiteto e urbanista Alysson Bach, que foi aprovado em um mestrado em urbanismo na Universidade de Sevilha, também na Espanha, que é pública.
O visto de estudante é, na verdade, emitido apenas na entrada no país. Quando o estudante vai à embaixada, ele consegue uma pré-autorização para a entrada, mas o visto, efetivamente, é dado pelo país apenas no ingresso.
O advogado especialista em Direito Internacional, Frederico Glitz, explica que se a entrada estiver vetada, não há alternativa para os estudantes.
Para os países que estão abertos, o estudante precisa estar atento às condições da autorização de entrada, como vacinação, teste para Covid-19 ou quarentena obrigatória.
Entre os intercambistas de Curitiba, algumas das parcerias são feitas entre a Universidade Federal do Paraná e as instituições do exterior. Questionada pela reportagem, a UFPR afirmou que os vistos dependem dos países e o Governo Federal e a universidade não podem exigir a emissão. No momento, a universidade tenta postergar a saída dos estudantes para o semestre seguinte, por meio de negociação.
Reportagem: Larissa Biscaia