Combate à dengue ganha reforço a partir desta segunda-feira (26)
Serão soltos, em 20 semanas, quase 85 milhões de Wolbitos
Mais de quatro milhões de Wolbitos começam a ser soltos nesta segunda-feira (26) em duas cidades do Paraná: Foz do Iguaçu, na região oeste, e Londrina, no norte do estado. A liberação dos mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia – um microorganismo intracelular que impede que os vírus de doenças como a dengue, chikungunya e Zika se desenvolvam – faz parte de uma estratégia de combate em todo o país. O cruzamento dos Wolbitos com os mosquitos presentes no ambiente visa garantir que as gerações futuras de Aedes aegypti nasçam com os microorganismos. A chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Emanuelle Gemin Pouzatto, explica que a consequência será a redução dos casos de doenças.
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A liberação dos mosquitos vai ocorrer em áreas selecionadas. A previsão é que o trabalho seja concluído em 20 semanas. Nesta primeira semana, serão liberados 1,3 milhões de Wolbitos em Foz do Iguaçu e três milhões em Londrina.
Até o fim do ano serão liberados quase 85 milhões de Wolbitos nos dois municípios. Emanuelle ressalta que a estratégia deve surtir efeito a médio e longo prazo. As outras formas de combate, como eliminação de água parada, devem ser mantidas.
O método Wolbachia faz parte de uma estratégia nacional de enfrentamento de arboviroses e conta com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), WMP, Ministério da Saúde, Itaipu Binacional. No Paraná, a ação é desenvolvida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria Nacional da Saúde (Sesa), em parceria com as prefeituras de Foz do Iguaçu e Londrina.
Reportagem: Vanessa Fontanella